Promessas quebradas para uma nova convertida

Mulheres no Norte da África precisam de orações e acolhimento para vencer a vulnerabilidade após o encontro com Jesus

Portas Abertas • 24 out 2019


Famílias cristãs são desafiadas a receberem as novas convertidas no Norte da África

Famílias cristãs são desafiadas a receberem as novas convertidas no Norte da África

A Portas Abertas já contou um pouco sobre Aizah e seu ministério de discipulado com outras mulheres que deixaram o islã e, por isso, precisaram fugir das famílias para viver a nova fé. A líder estava falando sobre Alima, uma recém-convertida que depositou suas esperanças de um futuro seguro em um homem que prometeu não apenas ajuda, mas também a conversão ao cristianismo.

Mais tarde, Aizah descobriu que o futuro marido de Alima era um muçulmano radical. Além disso, ela soube que a suposta tia era na verdade a sogra da jovem, e que eles iriam se casar em breve. “O marido tornou-se violento. Frequentemente batia nela. Um dia encontrei Alima com o braço quebrado e o olho machucado. Ela foi ao médico para pegar um laudo mostrando o que tinha acontecido. Mas o homem foi atrás dela na casa dos pais e pediu perdão, prometeu que nunca mais faria aquilo novamente. Então, os pais a mandaram de volta para o esposo”, conta Aizah. E o ciclo de violência continuou até que ele foi preso por se envolver em uma briga.

Para Aizah, as escolhas erradas de Alima foram consequência da falta de discipulado e de um grupo de suporte de cristãos ao redor dela. E as decisões tomadas tiveram mais consequências, como a gravidez e o aborto espontâneo. Quando o marido saiu da cadeia, a jovem cristã foi obrigada a voltar para casa, mas fugiu novamente e o esposo reteve a identidade dela, como maneira de impedir que fosse para qualquer lugar.

Alima está sendo acompanhada novamente por Aizah. Ela tem vivido envergonhada e com medo de ser julgada e precisa encontrar uma igreja que possa ajudá-la. O caso está na justiça, mas as autoridades locais preferem tratar problemas como esse ligando para os maridos e tentando uma reconciliação. Isso tem gerado ainda mais apreensão na jovem cristã de ser obrigada pelos pais a voltar para o marido. 

Por que continuar ajudando?

Aizah não se sente desencorajada com as histórias de novos cristãos e escolhas erradas. Ela acredita que assim como conseguiu ficar por dois anos em uma casa de cristãos e restabelecer a sua vida, outras mulheres também poderão mudar suas histórias a partir do encontro com Cristo. 

“Eu fui abençoada por essas pessoas que cuidaram de mim quando fui expulsa de minha casa. Eu não posso julgar as mulheres vulneráveis. Apesar delas cometerem erros, eu não desistirei delas. Eu sou as mãos e os pés de Jesus na terra e caminharei com ela até que ela esteja bem. Eu acredito que um dia ela estará curada e será bênção para outras pessoas”, justifica a líder do grupo de mulheres.

O papel da igreja na cultura

No Norte da África, uma mulher que vive sozinha sem ser casada é uma grande vergonha. E não tem sido comum as famílias cristãs receberem as ex-muçulmanas que foram expulsas de casa. Nesse contexto, entra a organização que Aizah representa; elesyt estão planejando uma conferência para ajudar mulheres a serem curadas dos traumas. Mas a discipuladora acredita que a igreja ainda pode fazer mais: “Cada uma precisa estar conectada a uma igreja e assim ter um lugar para ler a palavra de Deus, ouvir umas às outras e aprender juntas. Nós podemos ajudar as instituições a dar suporte para mulheres”.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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