Portas Abertas • 24 mar 2015
Na ocasião, foi divulgado um relatório que listou 168 incidentes de assédio e violência anti-cristã desde que Modi tomou o poder, e 222 ocasiões de ""discurso de ódio e campanhas de mídia"" por parte de fundamentalistas hindus.
Banners levados no dia do protesto relatavam as atrocidades contra os cristãos. O autor do relatório, o ativista cristão John Dayal, subiu ao palco ao lado de líderes de partidos da oposição e ativistas e falou sobre a intolerância religiosa.
""O que nós compilamos é talvez um décimo do número real de incidentes"", disse Dayal, cujo relatório é intitulado, “300 dias – Documentando o ódio e a violência pública sob o regime Modi”.
""Profanação e destruição de igrejas, ataques a pastores, detenção ilegal de membros da igreja, e negação dos direitos constitucionais de liberdade de fé agravaram a coerção e o terror desencadeados em campanhas [para forçar os convertidos ao cristianismo a retornarem ao hinduísmo]"", afirma o relatório.
Dayal disse ao World Watch Monitor que, no total, foram mais de 600 casos de violência, 168 especificamente contra os cristãos e o restante contra muçulmanos.
“Cristãos e igrejas estão sendo atacados. Essa não é uma questão apenas da comunidade cristã. Todo mundo está preocupado”, disse Raghuvansh Prasad Singh, um hindu e ministro no governo anterior.
""Se este é o estado das coisas depois de 300 dias”, disse Singh,"" qual será a condição depois de cinco anos de governo? A nação não é construída com tijolos e cimento, mas com a união de mentes e corações. Se a unidade do povo é destruída, não haverá progresso”.
Cinco dias antes do protesto que tomou as ruas da Índia, uma cristã de 71 anos foi atacada por uma gangue hindu (leia aqui). Em janeiro desse ano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou a Índia e fez um apelo pela liberdade religiosa no país (confira aqui).
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