Portas Abertas • 1 jul 2021
Apesar da forte presença do extremismo islâmico, o número de cristãos na Somália está crescendo
Hoje faz 61 anos da Independência da Somália, quando os protetorados britânico e italiano se tornaram um. A partir daí o país já passou por um regime militar até 1991, e logo em seguida foi palco dos conflitos entre clãs, que provocaram a morte de centenas de pessoas. Hoje, a nação é controlada por um governo fraco, extremistas radicais, como o Al-Shabaab, e milícias locais.
Ser um cristão na Somália é arriscado, já que são as principais vítimas de extremistas, que desejam a criação de um Estado governado pela sharia (conjunto de leis islâmicas). A perseguição aos cristãos no país continuou até mesmo durante a crise de COVID-19, quando os militantes do Al-Shabaab culparam os seguidores de Jesus pelo surgimento e propagação do coronavírus. Diante da rápida propagação da doença, os radicais criaram um centro de isolamento e tratamento para os doentes. “Exorto as pessoas com sintomas da doença a virem às instalações médicas e a evitarem infectar outros muçulmanos”, disse o xeique Mohamed Bali durante um discurso na rádio oficial do grupo.
A população de muçulmanos na Somália passa de 99%, isso indica que propagar o evangelho no território é algo arriscado e pode resultar em prisão, ostracismo e morte, por isso, a nação está na 3ª colocação da Lista Mundial da Perseguição 2021. Nesse contexto, a Portas Abertas conheceu Muktar*, que atua como pastor há 20 anos e tem cinco de parceria com a organização. Ele contou que tem sido comum a conversão de muçulmanos a Cristo e por isso o trabalho com discipulado dos novos cristãos resulta em discípulos de Jesus capazes de resistir à perseguição.
Outro trabalho feito com a igreja somali é a ministração de um curso teológico que dura dois anos. Os investimentos nos cristãos locais dão esperança ao pastor de que novos líderes cristãos levarão o evangelho adiante. O processo de plantação de igrejas começou, porque já existe um trabalho com outros cristãos ex-muçulmanos na cidade vizinha. “Digo a você que podemos ver, ouvir, rastrear e tocar o impacto disso. Nossa emoção é ilimitada. Deus realizou um milagre para minha família e nosso ministério. Somos muito abençoados! Todo mundo tem medo de ministrar entre os somalis. Ninguém quer alcançá-los. Mas vocês permaneceram ao nosso lado, seus líderes têm nos treinado e encorajado”, agradece o pastor Muktar.
*Nome alterado por segurança.
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