Quando mulheres muçulmanas se convertem

No Norte da África, no momento em que uma mulher se converte, traz vergonha para sua família

Portas Abertas • 7 mar 2019


Após ler a Bíblia e a o Alcorão, Aizah se apaixonou pela palavra de Deus

Após ler a Bíblia e a o Alcorão, Aizah se apaixonou pela palavra de Deus

Se você é uma mulher nascida em uma família muçulmana e se tornou seguidora de Jesus, então você traz vergonha para seu pai, irmão e toda a família. Você deixou suas raízes, aceitou uma coisa estranha. Isso significa que você não seguiu o caminho de seus ancestrais, rejeitou sua família e suas raízes. Magoou sua família e a desonrou. É assim que eles se sentem quanto à conversão, e eles vão falar que você é infiel e que trouxe vergonha para eles.

Há dezessete anos, uma mulher chamada Aizah, da Tunísia, se tornou uma cristã após conversar com outra mulher e ver como ela era forte em meio ao sofrimento. “Isso foi em 2001. Eu pensei ser a única cristã em meu país. Uma mulher me levou ao Senhor. Como muçulmana, eu gostava dessa mulher. Vi que ela era boa, mas não entendia porque não queria ser muçulmana. Eu tentei evangelizá-la, para que voltasse a ser muçulmana.

Como Aizah cresceu como muçulmana, se convenceu de que o Alcorão era a última revelação de Deus. Ela pensava que a Bíblia tinha sido corrompida pelos cristãos. “Eu achava que seria o mesmo texto, mas com pequenas diferenças. Mas os dois livros provaram ser muito diferentes”. Depois de algum tempo, ela deixou o Alcorão de lado. “Na Bíblia, Deus diz que sua palavra não volta vazia. Eu me apaixonei pela Bíblia”.

Perdas por seguir a Jesus

Alguns anos depois, ela sentiu que deveria contar para a família sobre a conversão. Decidiu contar primeiro para o pai. “Eu já sabia por um longo tempo. Você vai perder tudo. Vai perder sua mãe, seu irmão e irmã, e ninguém vai falar com você”, ele disse. No dia seguinte, Aizah tinha que trabalhar. “Meu pai veio ao meu estágio e confiscou meu carro. Na mesma semana, meu irmão me agrediu. Eu decidi ficar com meus amigos. No sábado, meu pai me pediu para ir para casa falar com ele. Daquela vez, o tom da conversa foi diferente. Meu pai estava realmente bravo, se sentiu traído e machucado por mim”, ela compartilhou.

“Uma noite, fui para a igreja. Quando voltei para casa, minha mãe disse que meu pai me mataria porque eu era muito rebelde”, conta. No dia seguinte, Aizah deixou a casa de sua família: “Eu sai apenas com o que cabia em minha mochila. Fiquei por algumas semanas com outro cristão, e depois vivi por dois anos com a família que me levou a Jesus. Isso foi dez anos antes de eu falar com meu pai de novo. Minha mãe mantinha contato comigo secretamente. O bom é que Deus esteve comigo todo esse tempo e eu não fiquei com um coração endurecido”.

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A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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