Portas Abertas • 17 mai 2021
Desde que passou a seguir Jesus, Shekhar Singh enfrenta perseguição da família no Nepal
Shekhar Singh* nasceu em um lar hindu no Nepal e mais tarde casou-se com Baijanthi*. A esposa era uma devota que sempre orava e jejuava em troca dos favores dos deuses. Porém, ela ficou com uma parte do corpo paralisada e nenhum dos tratamentos que fez funcionou.
A situação da família piorou já que eles gastavam tudo o que tinham para encontrar a cura da de Baijanthi. O dinheiro que ganhavam com a venda de verduras não era suficiente para sustentar a família. “Eu ficava frustrado e muitas vezes perdia a paciência com ela. Mas resolvi cuidar dela, mesmo que ela não se recuperasse”, explica Singh.
Porém, um dos parentes sugeriu que o nepalês levasse a esposa até uma igreja e pedisse que o pastor orasse por ela. Singh tentou essa alternativa e viu que as coisas começaram a mudar: “Percebi que, depois daquele dia, ela melhorou e também senti mais paz mental. Continuei a levá-la à igreja e, após um mês, minha esposa estava completamente curada”.
Essa experiência surpreendeu Singh e fez com que ele ficasse curioso para conhecer o “Deus dos cristãos”: “Então comecei a prestar atenção ao que era ensinado na igreja. Meu coração estava mais em paz e finalmente decidi aceitar a Cristo como meu salvador pessoal”. Logo, ele tornou-se voluntário ativo na igreja e dedicou-se a visitar e orar pelos enfermos.
Porém, a mudança na vida da família cristã foi motivo de chacota para os parentes e ela sentiu na pele a perseguição, principalmente no funeral da mãe de Singh. “Um de meus parentes me bateu e me acusou de desonrar minhas crenças e religião. Ele disse que eu era um traidor. Eu tinha dado dinheiro como contribuição para o funeral, mas eles jogaram as moedas na minha cara”, testemunha o cristão.
Porém, a exclusão familiar não foi capaz de impedir que ele seguisse a Jesus. “Eu não sabia da perseguição antes, mas ao estudar a vida dos discípulos e passar por essa perseguição, percebi que a vida cristã é cheia de perseguições. Eu decidi que mesmo se eu tiver que morrer por Cristo, eu sempre estarei firme na minha fé”, revela.
Singh tem experimentado o cuidado de Deus diariamente e fala com toda certeza: “Quando oramos pelos outros, Deus supre as nossas necessidades”. Hoje ele trabalha como líder na igreja local e ainda vende vegetais para sustentar a esposa e os dois filhos. Ele reconhece que é considerado pobre por não ter dinheiro, mas sente-se muito favorecido: “Somos abençoados por sermos capazes de servir a Deus”. (Essa história continua).
* Nomes alterados por segurança.
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