Portas Abertas • 14 nov 2013
.
O reverendo Leopoldo Alonso, líder da Igreja Cristã Pentecostal Independente em San Juan Ozolotepec, e três membros de sua igreja, Manuel Martínez Silva, Miguel Silva Reyes e Plácido Aragón, foram presos em 5 de novembro por ordens do prefeito, que havia determinado a destruição do templo daquela igreja em 4 de novembro.
Os quatro homens foram libertados em 8 de novembro, após intervenção de oficiais do governo, que viajaram até o município na companhia de policiais estaduais. Fotos dos homens mostravam sinais de que eles foram severamente agredidos. Eles tiveram de dar entrada no hospital.
As primeiras ameaças contra os cristãos foram relatadas em maio, quando membros da igreja fizeram uma declaração pública convocando a intervenção do governo estadual em relação às ameaças do prefeito, Pedro Cruz González. Os membros da igreja disseram que Cruz González havia ameaçado queimá-los se eles não renunciassem sua fé.
Quando os oficiais do governo falharam em responder, a situação se agravou. Em julho, um membro da igreja, Vicente Aragon Hernandez, foi preso por Cruz González. Líderes municipais apontaram que a prisão foi uma punição por seu posicionamento público contra a situação de San Juan Ozolotepec. Diante da contínua inércia do governo estadual, a situação se tornou ainda mais violenta, quando Cruz González deu uma ordem pública para "demolir o templo, linchar, aprisionar e torturar" os membros da Igreja Pentecostal.
A Comissão Nacional para Direitos Humanos registrou queixa sobre o caso de San Juan Ozolotepec e emitiu uma declaração apontando que casos de intolerância religiosa estão crescendo no México, particularmente em áreas rurais e regiões com uma população indígena significativa.
O Dr. Jorge Lee Galindo, especialista em liberdade religiosa e de consciência no México, que está atualmente recebendo uma delegação da CSW no país, contou que incidentes de intolerância religiosa continuam a ocorrer em partes do México, em certa medida por conta de uma cultura de impunidade. "Quando o governo decide agir, geralmente intervém apenas para acalmar a situação, mas raramente toma medidas legais contra os responsáveis por estas violações. As autoridades locais observam que não há reais consequências para atos de violência e exclusão que têm como alvo as minorias religiosas. Por isso, esses casos aumentam e se proliferam".
Pedidos de oração
© 2024 Todos os direitos reservados