Portas Abertas • 3 fev 2021
O novo presidente do Quirguistão quer que as minorias se submetam às maiorias (foto representativa)
No início de outubro de 2020, o então primeiro-ministro do Quirguistão, Sadyr Japarov, permanecia preso, após os apoiadores sequestrarem o rival político dele em 2013 e ameaçarem incendiar o carro onde estava. Japarov cumpria uma pena de mais de 11 anos por ser cúmplice nessa ação.
Mas, em 6 de outubro de 2020, ele foi libertado em uma revolta popular contra as eleições parlamentares. O presidente do país, Soonronbai Keenbekov, foi forçado a renunciar e Japarov assumiu o poder. Ele organizou as eleições presidenciais e um comunicado sobre o novo sistema presidencial. Então, em 10 de janeiro de 2021, Japarov ganhou as eleições e disse ao portal The Economist: “Não vou repetir os erros dos governos anteriores. Vou dirigir o país de maneira justa”.
As autoridades locais do Quirguistão têm um poder considerável e tendem a estar sob a influência da comunidade muçulmana. Isso tem fortes repercussões para os cristãos no país. Os de origem indígena e ex-muçulmanos suportam o peso maior da perseguição. Alguns são presos por longos períodos por suas famílias e agredidos fisicamente. Líderes islâmicos locais pregam contra os cristãos e podem fazê-los ser expulsos das comunidades.
Japarov ganhou grande fama quando fez uma campanha para a nacionalização de uma mina de ouro canadense no Quirguistão há nove anos – uma ideia que ele trouxe de volta desde que assumiu o poder. O novo presidente agora quer avançar rapidamente em reformas constitucionais que lhe darão mais poder. Ele também quer suprimir o artigo constitucional que estipula que um presidente só pode estar no poder por um mandato.
Quanto a grupos minoritários, incluindo cristãos, o novo governante adotou um tom conciliador em seu discurso de vitória no domingo. Japarov garantiu que não tem “malícia ou ódio” em seu coração e pediu aos seus rivais que o apoiassem. Mas ele também declarou: “A minoria deve se submeter à maioria”. O Quirguistão ocupa o 55º lugar na Lista de Países em Observação 2021, onde os cristãos enfrentam opressão islâmica e paranoia ditatorial para abandonarem o evangelho.
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