República da Turquia: os desafios para os cristãos

Opressão islâmica e nacionalismo dificultam a existências de igrejas fortes e influentes

Portas Abertas • 29 out 2019


Neste dia em que se comemora 96 anos da República da Turquia, ore pela Igreja Perseguida no país

Neste dia em que se comemora 96 anos da República da Turquia, ore pela Igreja Perseguida no país

Palco de disputas durante os impérios bizantinos e otomano, a Turquia, como é conhecida hoje, surgiu no século 20, quando a Guerra da Independência foi travada para a libertação de territórios dos domínios ingleses e franceses. Sob o comando de Mustafa Kemal Pasha (conhecido também por Atatürk), no dia 1º de novembro de 1922, o país deixou o sultanato para tornar-se uma república. Mas a história da República da Turquia só começa em 29 de outubro de 1923, data da fundação de um dos Estados criados após a dissolução do Império Otomano.

Com o nascimento de uma nova maneira de governar, os turcos instituíram algumas mudanças, como a obrigatoriedade e gratuidade do ensino, substituição do alfabeto arábico pelo latino, igualdade de direitos civis e políticos entre homens e mulheres, a proibição da poligamia e adoção do calendário gregoriano. Em tese, o novo país tornou-se um estado laico. E para coroar esse quadro de mudanças, a capital passou a ser Ancara, ao invés de Istambul, que ainda guardava resquícios do império.

Muitas dessas mudanças foram consideradas como ocidentalização do país majoritariamente muçulmano e isso não é aceito até hoje por boa parte dos líderes e população. O islamismo é a religião de 98,3% dos turcos, o que leva à opressão islâmica, já que a porcentagem de cristãos não chega a 1%. O nacionalismo religioso impulsiona os mais radicais a condenar e coibir o evangelismo no país, e assim impedir a conversão de muçulmanos.

Além da corrupção dos governantes, o povo turco enfrenta as consequências da tentativa fracassada de um golpe em 2016. A restrição da liberdade em todo o território tem causado problemas a todos que não concordem com as decisões do governante atual. Além disso, na carteira de identidade turca, é necessário declarar-se de alguma religião pré-estabelecida pelo Estado, como islamismo sunita, Igreja Ortodoxa Grega, Igreja Apostólica Armênia ou judaísmo. Aqueles que não se encaixam nessas opções deixam a seção em branco. Esse fato faz com que exista uma discriminação contra essas pessoas. Diante dos problemas citados, muitos novos cristãos preferem deixar a nova fé em segredo.

A Turquia ocupa a 26ª colocação na Lista Mundial da Perseguição 2019. A opressão islâmica, o antagonismo étnico e a paranoia ditatorial dos governantes são os principais motivos que fazem com que ser cristão no país seja um imenso desafio.

Pedidos de oração

  • Ore para que os cristãos no país sejam fortalecidos para compartilharem a mensagem de Cristo e resistirem à opressão.
  • Peça que Deus levante líderes que respeitem as leis e criem maneiras de acabar com a segregação desses cristãos, principalmente os ex-muçulmanos.
  • Interceda para que o Pai continue sustentando os cristãos na Turquia, para que eles tenham as necessidades supridas e possam crescer em número e influência.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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