Portas Abertas • 4 fev 2019
A nomeação do novo primeiro-ministro paralisou o país por sete semanas
Hoje se comemora os 71 anos da independência do Sri Lanka. Apesar do aniversário ser celebrado, recentemente o país passou por uma profunda crise constitucional. Em outubro de 2018, o presidente Sirisena dispensou o primeiro-ministro Wickremesinghe e chamou Rajapaksa, que já tinha sido presidente do país de 2005 a 2015, para assumir a função. Ele foi muito criticado por organizações de direitos humanos.
De acordo com a agência de notícias AFP, a nomeação polêmica provocou uma luta pelo poder e paralisou o país por sete semanas. Wicrkremesinghe se recusou a deixar o cargo e denunciou que sua saída era inconstitucional. Esse impasse quase resultou no bloqueio do orçamento para o ano de 2019, o que fez com que o primeiro-ministro anterior fosse chamado novamente para o cargo, apesar das diferenças políticas com o presidente Sirisena.
Rajapaksa renunciou ao cargo por meio de uma carta oficial e Wicrkremesinghe reassumiu o cargo, parecendo ter colocado um fim na crise política do país. Os cristãos também apreciaram a notícia, já que ataques contra minorias religiosas quase dobraram durante os dez anos de mandato de Rajapaksa como presidente. O Sri Lanka é uma das democracias constitucionais mais antigas da Ásia e se encontra na 46ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2019.
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