Portas Abertas • 29 jun 2017
Cristãos chineses vão até outros países onde o evangelho é proibido para levar a Cristo (foto representativa)
Recentemente, dois cidadãos chineses foram sequestrados em uma cidade do Golfo Pérsico e logo depois morreram. De acordo com informações locais, o Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade. Agora, as autoridades do país que investigam o caso alegam que os supostos professores de língua chinesa eram na realidade “pregadores cristãos” que se uniram a um cidadão coreano que já vivia na cidade.
Os policiais disseram que constava em seus passaportes que eles deveriam estar no país apenas a negócios. Um artigo publicado no Global Times, um dos veículos de comunicação que circula na China, deixou claro que “a culpa é dos grupos missionários sul-coreanos que recrutam cristãos chineses para exercer ministérios em países muçulmanos” e disse ainda que essa “tendência é perigosa”. Em um artigo adicional, o autor do texto chega a mencionar que “os assassinatos deveriam servir de lição”.
As autoridades paquistanesas estão colocando a culpa nos próprios cristãos chineses por não terem obtido o visto correto para suas atividades na nação. Já as autoridades chinesas culpam a Coreia do Sul por terem permitido que seus missionários deturpassem os cidadãos chineses a se juntarem às suas atividades perigosas e ilegais. O fato é que na medida em que a igreja na China cresce mais missionários são enviados ao exterior. Então, é bem provável que eles atuem em regiões onde há perseguição religiosa. “Parece que o governo chinês está mais preocupado com suas relações econômicas do que com a proteção de alguns cidadãos, só por que eles professam a fé cristã”, observa e conclui um dos colaboradores da Portas Abertas.