Portas Abertas • 24 jun 2023
O caso deve ter mais duas audiências antes da conclusão
No dia 13 de fevereiro de 2017, o pastor Raymond Koh foi sequestrado em plena luz do dia na Malásia. O rapto foi gravado por uma câmera de vigilância e mostra os movimentos milimetricamente planejados dos sequestradores.
Em busca de justiça e para preservar a história do marido, Susanna iniciou um processo com um grupo de advogados para que o governo malaio reconheça e julgue os responsáveis pelo sequestro. A primeira audiência aconteceu na primeira semana de junho.
Na última terça-feira, 20 de junho, o processo passou pela segunda audiência. O juiz Su Tiang Joo ouviu durante um dia inteiro a primeira de quatro testemunhas, Roeshan, e também ouviu o policial que confirmou a autenticidade do vídeo da câmera de vigilância que mostra policiais raptando o pastor.
Ao conversar com Susanna, ela compartilhou as primeiras impressões sobre as audiências: “Eles questionaram e se opuseram tanto, mesmo antes que qualquer coisa fosse dita. A defesa levantou diversas objeções sobre o testemunho de Roeshan. Disseram que foi tudo inventado, inclusive o vídeo da câmera de segurança. Resumidamente, eles querem negar o envolvimento da polícia e não querem admitir o que aconteceu”, conta Susanna.
“Devo dizer que estou encorajada. As testemunhas se saíram tão bem e até agora o juiz foi justo. Se Raymond estiver vivo, queremos que eles o libertem. Se não estiver vivo, queremos saber onde o corpo dele está e que os sequestradores sejam presos e julgados. Pelo que vimos até agora, o Estado não vai admitir qualquer envolvimento no crime”, diz Susanna.
Ela acrescenta: “Não teremos justiça como esperamos, mas temos um pouco de paz em saber que esse processo deve impedir outros policiais de repetir essas ações”.
“Deus está conosco.” Susanna tem visto a provisão de Deus de tantas formas, principalmente através dos advogados que se dispuseram a ajudá-la pro bono, ou seja, uma ajuda voluntária gratuita com foco no bem público. “Nossos advogados são extraordinários do nosso lado que, graças a Deus, estão fazendo tudo pro bono. Eles são excelentes e são famosos na Malásia. Deus é bom”, afirma a cristã.
Susanna também conta que há muito estresse e pressão sobre ela, mas, ao mesmo tempo, ela sente paz por saber que Deus está com ela. A esposa e mãe corajosa que ela é continua em busca de justiça.
“No dia depois do sequestro, fui chamada para uma entrevista e pensei: ‘Não seria melhor se eu ficasse quieta?’. Mas algo em minha mente disse: ‘Bem, eles o raptaram em segredo. Preciso fazer com que o mundo todo saiba disso’. No fim das contas, é sobre ouvir o que Deus quer de nós. Ele cuidará de tudo.”
Os testemunhos de Susanna e de Jonathan, filho do pastor Raymond, devem ser ouvidos na Corte nas próximas audiências, entre novembro deste ano e o primeiro semestre de 2024.
“O caso está ganhando visibilidade. Foi mencionado no parlamento há alguns dias. Há tensão religiosa e racial na Malásia nesse momento.” Há muito em jogo. “Os advogados nos aconselharam a intensificarmos os cuidados com nossa segurança. Estamos sendo muito cautelosos. Sempre olho para trás para vermos se estamos sendo seguidos.”
Parceiros da Portas Abertas estão acompanhando Susanna, Jonathan, Esther e Elizabeth, garantindo o ministério de presença e oração. Nossos colaboradores fizeram muitas visitas para encorajar a família.
Pedidos de oração
© 2024 Todos os direitos reservados