Portas Abertas • 23 fev 2017
A história das meninas do Chibok tem sido compartilhada agora também nos mais diversos veículos de comunicação, ganhando as manchetes internacionais, mostrando a realidade sobre essa situação que já dura quase três anos. Das 228 meninas que foram levadas, entre as 275 que estavam na escola (47 conseguiram escapar), a maioria era de família cristã. Algumas já morreram e outras se tornaram esposas de extremistas do Boko Haram e boa parte delas foi transformada em escravas de famílias jihadistas.
Atualmente, as que foram resgatadas passam por um processo de “desradicalização”, liderado por especialistas e psicólogos para libertá-las dos ensinamentos e crenças radicais que o grupo extremista lhes ensinou a seguir. Aquelas que conseguiram escapar do cativeiro revelaram como o islamismo radical foi inserido às suas mentes e testemunharam o que viveram durante o período em que permaneceram ali.
“Fui forçada a casar três vezes, e tive um filho com cada marido. Em todos os casamentos fui espancada e violentada, sendo ameaçada com uma arma em minha cabeça o tempo todo”, disse Amina, de 20 anos, que conseguiu escapar com seus três filhos, mas apenas uma das crianças sobreviveu. Infelizmente, as meninas do Chibok representam apenas uma pequena fração das milhares de jovens que são raptadas violentamente de suas famílias, da noite para o dia e têm suas vidas completamente transformadas.
A campanha “Bring Back Our Girls” (Tragam nossas meninas de volta), criada pelos nigerianos e que ganhou projeção mundial, tem como objetivo chamar a atenção da humanidade sobre esses crimes que acontecem e que ficam impunes. Milhares de garotas são lançadas ao abuso, maternidade precoce e privadas de um futuro. Além disso, milhares de famílias também são destruídas. Segundo informações do governo nigeriano, estima-se que cerca de 9 mil mulheres e meninas foram sequestradas desde o surgimento do Boko Haram.
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