Portas Abertas • 7 ago 2015
Há pouco mais de um ano, um cessar-fogo foi assinado entre os dois principais grupos em conflito, na República Centro-Africana. Houve um acordo entre os grupos rebeldes, predominantemente muçulmanos, um deles conhecido como Seleka, e o grupo de vigilantes violentos, conhecidos por anti-Balaka. Um ano depois, o país deixou de ser manchete nas notícias globais, mas a população continua enfrentando dificuldades e, sobretudo, perseguição.
A intervenção internacional, pelas forças da ONU, ajudou a restaurar a segurança nas cidades ocupadas pelos grupos, mas deixou o interior completamente desprotegido e aberto para as milícias armadas. As tropas da ONU foram acusadas de não fazer o suficiente para proteger a população local, e até mesmo de cometer algumas atrocidades.
O movimento rebelde Seleka, em conjunto com a população muçulmana local (que tem ascendência imigrante, principalmente, do Chade e do Sudão e pastores Fulani Mbororo) continua a dominar o norte e o leste do país, enquanto o anti-Balaka reina no sul e no oeste, praticamente dividindo o país em duas metades.
Apesar do acordo de paz, os centro-africanos, particularmente do nordeste, ainda são muito perseguidos e sofrem com a violência. O acesso ao nordeste é muito limitado, as condições das estradas são péssimas e não há voos comerciais para lá.
Segundo um analista da Portas Abertas, há relatos de agricultores Fulani que sequestraram centenas de nordestinos, submetendo os homens a trabalhos forçados e mantendo as mulheres como escravas sexuais. Há também muitos casos de cristãos que tem suas casas e igrejas queimadas, além de muitos pastores mortos.
Não deixe de clamar a Deus pelo fim da violência e por sabedoria aos líderes dessa nação, para que haja paz.
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