Portas Abertas • 2 mai 2017
Um dos líderes cristãos nigerianos atribuiu às autoridades do país a suspeita de fornecimento de armas a uma rede extremista islâmica, que ele afirma ter se infiltrado no governo federal e estadual. O líder que atua no Estado de Kaduna, disse que o governo praticamente não fez nada para deter a violência de pastores fulani (fazendeiros nômades muçulmanos) contra cristãos e outras minorias religiosas que, ao longo do último ano, matou cerca de mil pessoas inocentes. Só no último incidente, ocorrido no dia 15 de abril, 12 fiéis perderam suas vidas durante uma vigília que fazia parte das comemorações de Páscoa. O ataque, aparentemente, foi realizado por pastores fulani que, de acordo com informações locais, formam uma organização que é ligada ao grupo Boko Haram. Até agora não houve nenhuma prisão. ""Os ataques são feitos com armas usadas nas operações islâmicas e elas são sofisticadas. É possível que parentes desses militantes, que trabalham para o governo, estejam fornecendo o armamento para eles"", comenta o líder. Além disso, ele explica que os fulanis, atualmente, são responsáveis pela alfândega, imigração e pelo Ministério de Assuntos Internos da Nigéria. ""Dessa forma eles facilitam a chegada de armas perigosas sem que ninguém saiba e não há quem evite isso"", diz. O discurso foi dado durante uma pregação durante o funeral de algumas vítimas do último incidente citado. Sobre os cristãos que morreram e os deslocados na Nigéria, ele disse o seguinte: ""É exatamente isso o que os jihadistas fulani estão fazendo hoje, no sul de Kaduna, na região do Cinturão Médio, e agora estão se espalhando também no sudeste e sudoeste da Nigéria"", conclui. Pedidos de oração
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