Portas Abertas • 10 out 2021
A principal forma de perseguição às crianças cristãs acontece em ambientes educativos
Atualmente, mais de 360 milhões de cristãos são perseguidos em todo o mundo. Além de homens e mulheres lidarem com a pressão por não abandonarem o evangelho, jovens e crianças também lidam com a perseguição religiosa. Em comemoração ao Dia das Crianças, que acontece no dia 12 de outubro, a Portas Abertas traz dados e histórias de pequenos que já entendem o preço de seguir a Jesus.
Ambientes educativos e negação ou restrição à educação são a forma mais comum de discriminação enfrentada pelas crianças e jovens cristãos. O isolamento, a identidade e a violência são as principais formas de perseguição aos jovens que seguem a Cristo. Entenda mais sobre cada uma desses aspectos abaixo.
Isolamento: as crianças e jovens são alvo da perseguição através da pressão que os isola da família e da comunidade. Esse isolamento acontece principalmente através do sequestro. Dados da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022 mostram que o sequestro de jovens e crianças acontece em 48% dos países do Top50. No entanto, também existem outras formas de isolamento, como negar acesso a materiais e ensinamentos cristãos, os proibindo de frequentar igrejas. Esse isolamento serve para separar crianças e jovens de fontes de educação religiosa cristã, mas também pode causar danos mais amplos.
As crianças cristãs são isoladas das outras crianças e muitas perdem o acesso à educação
Identidade: por pressão das autoridades e líderes de outras religiões, muitas crianças não têm acesso a uma identidade. Os pais não podem registrar os filhos como cristãos, principalmente se os pais pertenciam a outras religiões antes. Os jovens têm a identidade legal como cristãos negada e são registrados com outras religiões.
Violência: muitas crianças e adolescentes enfrentam perseguição de maneira violenta, como casamento forçado, morte, violência física, psicológica, sexual e até verbal. De acordo com um relatório recente da ONU, metade das crianças em todo o mundo sofrem violência todos os anos, seja online, offline, em comunidades, nas escolas e até mesmo nas casas.
Matti nasceu em uma família cristã no Iraque, e os pais dele se divorciaram quando ele e o irmão ainda eram pequenos. A mãe se casou novamente com um muçulmano. De acordo com a lei, Matti e o irmão são automaticamente muçulmanos porque um dos pais se converteu. O pai dele se casou novamente, e o jovem foi abandonado pelos pais e passou a viver com a tia até os 25 anos.
Ele queria se casar com uma jovem também cristã, mas a família da moça o rejeitou, porque os documentos dizem que ele é muçulmano e, por lei, os filhos dele também seriam classificados como muçulmanos. Isso aconteceu duas vezes com o cristão e, agora, com 45 anos, Matti está muito triste por não poder ter a própria família e passar a fé cristã que é tão importante para ele.
Matti nunca se casou por não ter a identidade de cristão
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