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Os cristãos iraquianos enfrentam uma pressão crescente de vários grupos, especialmente desde a ascensão das milícias xiitas apoiadas pelo Irã após as perdas territoriais do Estado Islâmico. Embora o Estado Islâmico ainda represente uma ameaça, ataques da Turquia e do Irã (ataques aéreos e operações terrestres) devastaram aldeias predominantemente cristãs, forçando muitos a fugir e deixando as comunidades vazias.
Diferentes denominações cristãs, como as igrejas assíria e caldeia, são seriamente afetadas pela discriminação e violência de grupos militantes e autoridades governamentais. No Centro e no Sul do Iraque, muitos cristãos evitam exibir símbolos religiosos devido ao medo de assédio.
A pressão sobre os cristãos de origem muçulmana é intensa, muitas vezes forçando-os a esconder a fé. Em 2023, dois cristãos enfrentaram uma forte reação depois de compartilhar a fé em Jesus online. E, recentemente, após uma decisão das autoridades iraquianas, o Governo Regional Curdo cortou assentos parlamentares para minorias religiosas, diminuindo a representação dos cristãos.
Louis Sako, líder cristão iraquiano
No Iraque, mulheres de minorias religiosas, especialmente aquelas que sobreviveram à invasão e aos ataques do Estado Islâmico, carregam traumas profundos. A violência de gênero continua desenfreada e o estigma social muitas vezes silencia as vítimas. De acordo com a lei iraquiana, as vítimas de violência sexual podem ser forçadas a se casar com o violentador, levando muitas a evitarem denunciar as agressões. Além disso, se o violentador for muçulmano, a criança gerada pelo abuso será registrada como muçulmana, independentemente da fé da mãe.
As mulheres cristãs são frequentemente percebidas como “modernas” e enfrentam assédio sexual e ameaças por isso, especialmente no ambiente de trabalho e no transporte público. Algumas vezes, por segurança, elas precisam usar véus em algumas áreas. As mulheres cristãs de origem muçulmana enfrentam graves violações, como prisão domiciliar, espancamento e até a morte – muitas vezes é a própria família quem as persegue. Elas não podem se casar legalmente com homens cristãos, pois ainda são consideradas muçulmanas pelo Estado iraquiano.
As meninas cristãs, mesmo as que não nasceram em famílias muçulmanas, correm o risco de serem forçadas a se casarem com homens muçulmanos. No geral, as mulheres cristãs, e particularmente as cristãs de origem muçulmana, enfrentam restrições sociais significativas e tratamento desigual em todas as áreas da sociedade iraquiana.
Os homens cristãos no Iraque enfrentam discriminação significativa no trabalho, especialmente no setor público. Os que vivem no Centro e no Sul do Iraque são pressionados a deixar seus empregos, especialmente se trabalharem para organizações estrangeiras ou ocuparem altos cargos. No Norte, os homens cristãos lutam para encontrar emprego e muitas vezes enfrentam exploração. Os empresários cristãos também enfrentam discriminação, incluindo fechamento, boicote e ataque, levando muitos a emigrar. Como principais chefes de família, perder seus empregos afeta severamente suas famílias.
Os homens cristãos de origem muçulmana são particularmente vulneráveis, sob risco de expulsão, ameaças ou até mesmo morte pela honra da família. Os homens cristãos também podem ser alvos de violência de militantes islâmicos. Essas pressões podem levá-los a deixar o país e a emigração afeta as famílias e as igrejas locais, que lutam contra a falta de liderança masculina.
Sacerdotes e líderes cristãos enfrentam restrições de viagem, assédio nos postos de controle, ameaças de prisão, sequestro e morte, especialmente na planície de Nínive, no Iraque. Falar contra líderes políticos ou milícias também pode torná-los alvos de perseguição. Os sequestros não apenas causam sofrimento pessoal, mas também impõem despesas financeiras às famílias dos raptados por meio de pedidos de resgate. O ataque aos líderes de igrejas tornou-se mais sutil, mas continua sendo uma ameaça significativa em um país devastado por conflitos.
A Portas Abertas trabalha por meio de parceiros locais para fortalecer a igreja no Iraque com cuidados pós-trauma, distribuição de Bíblias e literatura cristã, projetos de geração de renda, ajuda emergencial e apoio à reconstrução de casas e igrejas.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Iraque são: opressão islâmica, opressão do clã, corrupção e crime organizado, paranoia ditatorial e protecionismo denominacional.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Iraque são: grupos religiosos violentos, parentes, partidos políticos, grupos paramilitares, cidadãos e quadrilhas, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, redes criminosas, líderes religiosos cristãos.
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