Portas Abertas • 29 jun 2023
A crise de refugiados norte-coreanos já dura mais de 30 anos
No mês de junho é celebrado o Dia Mundial do Refugiado, em lembrança às mais de 100 milhões de pessoas deslocadas ao redor do globo. As guerras na Síria, Iraque e Ucrânia causaram algumas das mais conhecidas ondas de refugiados. Apesar disso, nem todo mundo conhece a crise de refugiados da Coreia do Norte, que ocorre há aproximadamente 30 anos. Muitos dos refugiados norte-coreanos são cristãos ou se tornam cristãos durante a jornada de fuga. Conheça mais o cenário da crise de refugiados da Coreia do Norte.
A Coreia do Norte é governada por Kim Jong-un, que lidera com mão de ferro e emprega ideologias tóxicas para suprimir as pessoas. Ainda assim, o controle rígido e o sistema de monitoramento não são as principais razões pelas quais as pessoas buscam escapar. A fome é o que mais impulsiona as pessoas a tentarem encontrar uma forma de fazer isso.
Mesmo assim, o risco de ser pego é muito alto e as punições severas, entre elas prisão, tortura, campos de trabalho forçado ou até mesmo a morte. Por isso, as pessoas tentam chegar à China como se a vida delas dependesse disso.
Para fugir, os norte-coreanos precisam atravessar o rio que faz fronteira com a China
Geralmente, são cinco os estágios da fuga:
Geralmente, a pessoa é detida em uma prisão chinesa por algumas semanas ou mesmo meses. Depois, a pessoa é transferida por autoridades norte-coreanas. O prisioneiro é transportado para uma prisão local perto do lugar de onde é originalmente. Lá, a pessoa será interrogada e torturada por semanas até que haja uma confissão. As condições da prisão são muito severas e muitos não sobrevivem à desnutrição, má higiene e tortura física e mental. Após ser condenado, o antigo refugiado geralmente fará trabalho forçado em um campo.
Refugiadas norte-coreanas participam de estudo bíblico em casa segura na China
Por causa do alto risco envolvido, a maioria das casas seguras na China é comandada por cristãos. A Portas Abertas possui uma rede de casas seguras e ajuda refugiados norte-coreanos com alimentos, remédios, roupas, cuidado pastoral e estudo bíblico.
Em 2022, apenas 67 refugiados norte-coreanos pediram asilo na Coreia do Sul. Antes da COVID-19, o número passava de milhares por ano. A Coreia do Norte fechou as fronteiras e a China restringiu severamente a circulação de pessoas no país desde 2020. Isso dificultou a fuga dos refugiados para China e depois para a Coreia do Sul.
Graças a suas orações e doações, a Portas Abertas comanda uma rede secreta de casas seguras para oferecer estudo bíblico, cuidado pastoral, alimentos, remédios, roupas e abrigo para norte-coreanos. Muitos levarão o evangelho de volta para sua terra natal. Além disso, a Portas Abertas também organiza encontros com mulheres norte-coreanas traficadas. Elas têm comunhão, cantam louvores, participam de estudo bíblico, recebem cuidado pastoral e ajuda financeira para as famílias.
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