Portas Abertas • 16 mai 2023
O ataque é resultado do conflito entre o exército e grupos paramilitares (foto representativa)
No último final de semana, uma igreja, duas mesquitas e hospitais foram vítimas da grave crise que atinge o Sudão. A situação é resultado da disputa por poder entre as Forças Armadas do Sudão (SAF, da sigla em inglês) e o grupo paramilitar Rapid Support Forces (RSF, da sigla em inglês), desde o dia 15 de abril.
No domingo, 14 de maio, atiradores não identificados atacaram a igreja copta Mar Girgis em Omdurman, a maior e mais populosa cidade do Sudão. Eles feriram cinco pessoas, incluindo Anba Sarabamon, um líder cristão, que teve diversas fraturas, segundo a Rádio Dabanga.
A Frente Democrática de Advogados (DLF, da sigla em inglês) relatou que os agressores estavam armados dos pés à cabeça. Eles atiraram nas pessoas, atingindo três cristãos na perna e o abdômen de um guarda.
Os atiradores também saquearam objetos de valor e destruíram a casa de Anba, invadiram o dormitório de mulheres idosas e o quarto de jovens acolhidas pela igreja, revirando tudo. Por fim, fugiram com o carro do líder cristão.
Até agora, nenhum dos grupos assumiu a culpa pelos atentados. “A Portas Abertas condena os ataques e expressa condolências às famílias enlutadas. Conclamamos a comunidade internacional a fazer o que estiver ao alcance para proteger a minoria cristã no Sudão”, disse representante da Portas Abertas.
Outras cinco igrejas foram prejudicadas pelo conflito, entre abril e maio. Segundo o portal de notícias Al Jazeera, mais de 700 pessoas morreram no conflito e há mais de um milhão de deslocados internos. A luta continua apesar dos acordos de paz negociados recentemente.
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