Portas Abertas • 9 jan 2019
Uma fé destemida e disposta a pagar qualquer preço por Jesus
Aos 22 anos, a jovem cristã indiana Bahia* já era líder de célula. Ela, sua mãe e seu irmão começaram a seguir Jesus depois que ela foi liberta de ataques demoníacos e seu irmão foi curado de uma doença para a qual a medicina já não tinha recursos. Em seu vilarejo havia apenas quatro famílias cristãs. No passado, havia cinco, mas uma das famílias voltou ao hinduísmo por não resistir a tanta pressão – apenas um filho dessa família continuou fiel a Jesus como um cristão secreto.
No entanto, a pressão por parte dos moradores aumentou quando uma senhora morreu e eles culparam os cristãos. Todos eles foram expulsos e tiveram que fugir para a floresta. Depois chegaram a outra cidade, onde passaram a noite em uma igreja. Na manhã seguinte, voltaram ao vilarejo, onde foram abusados verbalmente. E não parou por aí. Uma semana após terem voltado, veio o ataque. Inesperadamente, uma multidão de homens e mulheres arrastaram Bahia para fora de casa e bateram nela em todas as partes de seu corpo. Ela carregava sua Bíblia embaixo do braço.
“Façam o que quiserem comigo, mas não destruam a Bíblia”
Finalmente, alguém conseguiu arrancar a Bíblia dela, que já estava sangrando, e disse: “Nós vamos queimar esse livro”. Ao que ela respondeu: “Façam o que quiserem comigo, mas não destruam a Bíblia”. Ela não sabe o que aconteceu com a Bíblia, conforme era arrastada pelo vilarejo. Bahia perdeu a consciência e quando acordou estava no meio da floresta. Ela foi levada pela mãe, que também havia sido agredida. Os outros 19 cristãos do vilarejo também estavam lá. Alguém ligou para a polícia, que só chegou de noite. Bahia conta: “A polícia simplesmente disse que deveríamos viver em paz juntos e foi embora. Nós voltamos para o vilarejo novamente”.
Mas de novo foram pressionados a deixar a aldeia com palavras agressivas, como: “Cristãos pertencem a países estrangeiros”. Dessa vez os cristãos saíram por vários meses, até que encontraram favor diante de um policial que fez com que os moradores os aceitassem de volta. Mas dessa vez Bahia não voltou. Ela foi para um seminário bíblico, e explica por que: “Eles ameaçaram me violentar ou me matar se eu voltasse. A situação no vilarejo ainda não foi resolvida e eu quero me dedicar a aprender sobre Deus, para que um dia possa voltar com o evangelho. Eu quero contar a todos que Jesus não morreu apenas por estrangeiros, ele morreu por todos”.
Revista Portas Abertas
Na revista deste mês, você pode ler essa e outras histórias de como os cristãos indianos prevalecem em meio à crescente perseguição que enfrentam. Você vai ser inspirado pelos testemunhos e desafiado a conhecer mais e se envolver com a Igreja Perseguida. Você pode receber a revista na sua casa por doze meses ao fazer sua assinatura.
Dê um presente de esperança
Você também pode abençoar nossos irmãos indianos, que muitas vezes passam por necessidades ao serem expulsos de seus vilarejos. Com uma doação, você pode levar suprimentos para seis famílias indianas. Mostre a eles que estamos juntos pelo evangelho!
*Nome alterado por segurança.
Leia também
A sobrevivência da fé
Igreja doméstica da Índia é atacada no Natal
Como os cristãos indianos celebram o Natal
Abrigos cristãos são fechados na Índia
© 2024 Todos os direitos reservados