Portas Abertas • 30 ago 2024
Desde 2017, a família Koh não conhece o paradeiro do pastor Raymond Koh (centro)
Hoje é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados e há cristãos que são vítimas desse crime por seguirem a Jesus. O desaparecimento forçado priva uma pessoa de sua liberdade com conhecimento, aprovação ou ação do Estado. Além disso, há uma recusa em informar o destino e a localização da pessoa desaparecida.
O pastor Raymond Koh desapareceu em fevereiro de 2017 na Malásia. De acordo com imagens de uma câmera de segurança, o líder cristão foi sequestrado por um grupo de homens encapuzados e levado para um local desconhecido. Até o momento, a esposa Susanna Koh e seus filhos Esther, Jonathan e Elizabeth desconhecem o estado e o paradeiro do pastor. No entanto, a família luta na justiça para a resolução do caso.
Há diversas provas do envolvimento do governo da Malásia no sumiço do líder cristão, como o testemunho de pessoas que presenciaram o desaparecimento. Além dos Relatórios da Comissão de Direitos Humanos da Malásia (Suhakam) que apontam um grupo especial da polícia como responsável pelo crime.
Na última audiência, foi decidido que o Relatório da Força-tarefa Especial (STF, da sigla em inglês) deveria ser aberto e compartilhado com os advogados e a família do pastor Koh até o dia 23 de agosto. Advogados e família se encheram de esperança, pois o documento é considerado um segredo nacional oficial. O juiz mencionou que as descobertas da Suhakam e o relatório teriam uma influência na resolução do caso do pastor Koh.
Porém, os responsáveis pela STF desobedeceram às ordens da justiça com o argumento de que surgiram circunstâncias imprevistas. Eles também apresentaram um pedido de suspensão para adiar a divulgação do relatório.
Os advogados da família Koh decidiram não iniciar um processo contra a STF por desobediência judicial, desde que a STF não oriente o tribunal a encerrar o caso após a última testemunha ser ouvida, e que uma multa seja paga à autora do processo, a esposa do pastor Koh, Susanna Koh.
Mesmo lutando pela resolução do caso do desaparecimento do pastor Koh, Susanna aproveitou a oportunidade da audiência para informar sobre a inauguração da instituição Ray of Hope (raio de esperança) – uma organização sem fins lucrativos de apoio a mães solo e refugiadas, que apoiará 20 ou mais famílias com itens básicos e treinamento para geração de renda.
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