Portas Abertas • 30 mar 2022
Crianças chinesas receberão aulas apenas de assuntos aprovados pelo Partido Comunista
O governo da China está aumentando o controle sobre as escolas no país. Agora, os administradores de colégios primários e secundários devem se reportar diretamente para o Partido Comunista. Cada escola terá uma célula do partido.
As autoridades que ficarão nas escolas vão supervisionar os conteúdos dados em sala de aula e a contratação de professores e diretores. O objetivo delas é agir conforme a orientação do presidente Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas. Também será implementado um programa do Partido Comunista para as escolas.
Um analista da Portas Abertas comenta: "Isso realmente se encaixa em um padrão de longa data de educação patriótica, ou doutrinação, que estamos vendo”. De acordo com a revista de Direitos Humanos Bitter Winter, “os estudantes na China não vão à escola para se prepararem para carreiras futuras, mas para serem educados para o partido e para o país”.
Outra prova da doutrinação na escola chinesa é um projeto que visa tornar o idioma mandarim obrigatório nas pré-escolas. Essa é uma forma de atingir crianças de minorias étnicas que falam outras línguas. Dessa forma, a China não será um país onde várias nacionalidades convivem, mas uma nação de apenas um povo.
A China ocupa o 17º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, o mesmo da edição anterior. Segundo os pesquisadores, houve uma deterioração ainda maior na liberdade dos cristãos devido à ênfase cada vez mais forte da ideologia comunista no Estado.
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