Portas Abertas • 13 abr 2017
Boko Haram e pastores de cabras fulani são os principais grupos perseguidores de cristãos no país africano
O país mais populoso da África, a Nigéria, está em 12º lugar na atual Lista Mundial da Perseguição e a situação de violência contra os cristãos é alarmante. O grupo extremista Boko Haram tem sido responsável por grande parte dos crimes cometidos contra a igreja no país.
Mais de 10 mil pessoas já foram mortas pelo extremismo islâmico. A nação está dividida em 36 Estados e 12 deles já instituíram a sharia (legislação islâmica) parcialmente ou totalmente, desde 1999. Em apenas um ano, as mortes no norte da Nigéria aumentaram 62%. Mais de 2,3 milhões de pessoas estão deslocadas e mais de 13 mil igrejas foram abandonadas, fechadas, destruídas ou queimadas.
O sequestro de 275 meninas de uma escola numa vila do Chibok, em abril de 2014, também marcou o histórico de perseguição religiosa do país. Em 2016, mais de vinte delas foram libertadas. Muitas outras, porém, continuam sendo sequestradas e arrancadas de suas famílias e vidas. A pressão sobre os cristãos no norte, em especial, está em um nível muito elevado e tem aumentado cada vez mais.
Há um destaque também para a região do Cinturão Médio da Nigéria, onde muitos ataques são feitos por pastores de cabras fulanis, que perseguem os cristãos sem piedade. Centenas de igrejas e propriedades já foram alvejadas e destruídas por eles.
De acordo com um pesquisador nigeriano, há movimentos pelos governos dos Estados de Benue, Kaduna, Nasarawa e Taraba que visam estabelecer e reservar campos de pastoreio para esses pastores. Isso significa que terrenos de comunidades tribais cristãs são tomados para esse fim, privando os cristãos de seus campos de cultivo e meios de subsistência. Até o momento, o governo não tomou medidas decisivas sobre isso. Ore pela igreja na Nigéria.
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