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Nigéria

NG
Nigéria
  • Tipo de Perseguição: Opressão islâmica, hostilidade etno-religiosa, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado
  • Capital: Abuja
  • Região: Oeste Africano
  • Líder: Muhammadu Buhari
  • Governo: República presidencialista
  • Religião: Islamismo e cristianismo
  • Idioma: Inglês, iorubá, igbo, hausa, fulani
  • Pontuação: 88


POPULAÇÃO
216,7 MILHÕES


POPULAÇÃO CRISTÃ
100,4 MILHÕES

DOAR AGORA

R$

Como é a perseguição aos cristãos na Nigéria?  

Os cristãos na Nigéria enfrentam perseguição de uma agenda organizada de islamização forçada, que é mais predominante no Norte do país e tem gradualmente se espalhado para o Sul. 

Desde que os estados do Norte declararam lealdade à sharia (conjunto de leis islâmicas) em 1999, essa islamização forçada ganhou força, por meios violentos e não violentos. Ataques de grupos militantes islâmicos têm aumentado consistentemente desde 2015. O governo falhou em impedir o aumento da violência, que afeta todos os nigerianos, mas principalmente os cristãos. 

A violência é mais abrangente no Norte, onde grupos militantes, como o Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês) e os militantes fulanis, provocam mortes, danos físicos, sequestros e violência sexual em suas vítimas. Cristãos perdem suas terras e suas formas de sobrevivência. Muitos vivem como deslocados internos ou refugiados. 

Nos estados onde vigora a sharia, no Norte da Nigéria, cristãos enfrentam discriminação e exclusão como cidadãos de segunda classe. Cristãos de origem muçulmana também enfrentam rejeição dos próprios familiares, pressão para desistirem do cristianismo e muitas vezes violência física. 

“Nós estávamos trabalhando nos campos da nossa terra quando homens armados se aproximaram de nós. Mais tarde, eles mataram meus dois amigos. Eu sou a única que está viva.” 

Agnes, cristã perseguida na Nigéria 

O que mudou este ano?  

A violência permanece como o maior perigo e uma ameaça relevante na Nigéria. Cristãos continuam sendo indiscriminada e brutalmente atacados no Norte da Nigéria, e a violência agora também se espalhou para o Sul do país. Militantes fulanis e “bandidos” se estabeleceram nas florestas no Sul, tornando o acesso a terras agrícolas cada vez mais difícil para agricultores cristãos. Esses militantes representam uma ameaça significativa para meninas e mulheres cristãs, que podem estar sujeitas a assédio sexual e casamento forçado. 

Sequestros por resgate têm crescido consideravelmente nos últimos anos, incluindo o sequestro de líderes de igrejas. Como o governo persiste em sua posição oficial de negação da perseguição religiosa, os direitos dos cristãos continuam sendo violados com impunidade. 

Quem persegue os cristãos na Nigéria?   

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Nigéria são: opressão islâmica, hostilidade etno-religiosa, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado.  

Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Nigéria são: oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, grupos de pressão ideológica, cidadãos e quadrilhas, parentes, partidos políticos, redes criminosas, organizações multilaterais, grupos paramilitares. 

Quem é mais vulnerável à perseguição na Nigéria?  

A perseguição é mais severa e presente no Norte, onde grupos militantes, como o Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês) e os militantes fulanis, parecem trabalhar cada vez mais juntos contra cristãos, e contra muçulmanos que não apoiam sua agenda. As invasões a comunidades cristãs, e outras formas de violência, levam a um grande número de cristãos (e outros nigerianos) sendo forçados a viver em acampamentos de deslocados internos. Principalmente mulheres e crianças são vulneráveis nesses campos. Crianças sofrem problemas de saúde, e meninas e mulheres são vulneráveis ao tráfico humano. 

Além da violência direta, cristãos no Norte da Nigéria geralmente são ameaçados como cidadãos de segunda classe e sofrem discriminação e hostilidade. Cristãos de origem muçulmana também enfrentam rejeição da própria família, pressão para desistirem do cristianismo, e muitas vezes violência física. 

A violência e a apropriação de terras não estão limitadas apenas ao Norte. Militantes fulanis realizam essas práticas em regiões no Sul, onde comunidades, vilas e outras localidades têm sido invadidas. Entretanto, a invasão de comunidades no Sul deve ser entendida de maneira diferente. As pessoas não são expulsas de suas vilas, ao invés disso, descobrem que suas plantações e terras agrícolas foram tomadas por militantes fulanis (e árabes shuwa). 

Como as mulheres são perseguidas na Nigéria?  

A predominância de grupos militantes na Nigéria torna a vida insegura para mulheres cristãs. Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês), militantes fulanis e outros bandidos armados conduzem invasões a comunidades cristãs durante as quais meninas e mulheres são abusadas sexualmente, forçadas à escravidão sexual, sequestradas para resgate ou mortas. 

Meninas cristãs são sequestradas para se casarem à força e se converterem ao islamismo. Mesmo antes do casamento, meninas são abusadas sexualmente para ficarem grávidas. Essa prática abominável é usada como forma de destruir comunidades cristãs. Se a garota é resgatada, os pais dela podem renegá-la por causa da gravidez. 

O rótulo do “casamento” é usado para mascarar o que realmente acontece, que é a escravidão. Se os pais tentam resgatar a filha, comumente enfrentam resistência da comunidade, polícia e judiciário, que argumentam que o casamento é legítimo sob a lei islâmica e que a menina deve aceitar o islamismo. Além de ser “casada”, meninas sequestradas por militantes são usadas em atentados suicidas ou como combatentes. 

Devido aos perigos que as meninas cristãs enfrentam, alguns pais escolhem manter as meninas em casa, ao invés de mandá-las para a escola. Embora isso ajude a manter as meninas a salvo, a educação delas é sufocada, o que tem várias consequências para o futuro. 

Como os homens são perseguidos na Nigéria?  

Em partes rurais do Norte da Nigéria, e cada vez mais no Sul, grupos militantes, como Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês) e militantes fulanis, atacam comunidades cristãs a fim de eliminar a atual geração de meninos e homens cristãos e acabar com futuras gerações de cristãos ao reduzir a taxa de natalidade. Homens que sobrevivem aos ataques são forçados a se tornarem soldados nos grupos militantes. 

A violência contra as mulheres também é usada como uma arma para ferir os homens cristãos. Meninos e homens são forçados a ver suas esposas, mães, filhas e irmãs serem sequestradas ou atacadas na frente deles, causando um trauma profundo e sentimento de impotência ao não ser capaz de protegê-las. 

Meninos e homens cristãos são estrategicamente marginalizados da educação e oportunidades de emprego. Cada vez mais, a admissão deles em escolas e universidades é impedida por causa da fé. A combinação de violência e marginalização tem um efeito devastador nas comunidades cristãs. Se um homem for morto, perder a habilidade de trabalhar ou tiver sua propriedade tomada, a família dele se torna ainda mais pobre. 

O que a Portas Abertas faz para ajudar os cristãos na Nigéria?  

A Portas Abertas trabalha por meio de igrejas parceiras locais para fortalecer cristãos na Nigéria com treinamento de preparação para a perseguição e discipulado, cuidados pós-trauma, ajuda emergencial e projetos de desenvolvimento econômico. 

Como posso ajudar os cristãos perseguidos na Nigéria?  

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio a cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a perseguição é extrema e a necessidade é mais urgente 

QUERO AJUDAR

Pedidos de oração da Nigéria 

  • Agradeça a Deus pela fé corajosa dos cristãos na Nigéria, que se recusam a negar a Cristo apesar dos perigos que enfrentam.  
  • Ore pelo fim da violência causada por grupos militantes por toda a Nigéria.  
  • Clame para que os parceiros locais da Portas Abertas alcancem mais sobreviventes de violência e sequestro com cuidados pós-trauma e treinamento de preparação para a perseguição. 


Um clamor pela Nigéria
 

Deus Pai, a violência e a brutalidade por toda a Nigéria é inimaginável. Por favor, intervenha para impedir esses ataques do mal e trabalhe no coração dos militantes para levá-los do ódio para o seu amor. Dê a eles uma nova esperança para o futuro e meios para se sustentarem financeiramente e socialmente. Traga mudança no governo para que proteja os cristãos, e ajude o presidente e os governadores dos estados a trabalhar de forma transparente a fim de encontrar soluções para a profunda crise de segurança na Nigéria. Amém. 

A Nigéria é o país com a maior população da África e uma grande força política e econômica no continente. O fóssil mais antigo encontrado na Nigéria data de 90 mil a.C. Algumas coleções de ferramentas e artefatos mostram a passagem do país pela Idade da Pedra Polida e pela Idade do Bronze também. 

Antes de tornar-se uma colônia britânica, diversos grupos políticos nativos administravam a Nigéria. Diversas nações, como o Egito e o Sudão, também faziam incursões no território nigeriano durante viagens por rotas comerciais e caravanas de nômades. No século 19, a Nigéria estava organizada em pequenos reinos, compostos por alguns dos principais grupos éticos nigerianos, os hausa e os iorubá. 

O tráfico de escravos tanto dentro da Nigéria como para o exterior foi uma questão recorrente entre 1820 e 1851, que diminuiu até deixar de existir depois da intervenção britânica. No início do século 20, os fulanis, outro grupo étnico nigeriano, chegaram ao país e começaram a habitar e a praticar as atividades agropastoris. 

Trabalhos missionários também foram ativos no país, principalmente em Lagos. Diversos grupos presbiterianos, metodistas e batistas chegaram à Nigéria no século 20. No mesmo período, a presença britânica começou a avançar, primeiro conquistando o Sul, depois o Norte e unificando essas duas partes para tornar a Nigéria uma colônia britânica. 

Para evitar a resistência que os nigerianos tinham ao governo britânico, os colonizadores mantiveram alguns governos tradicionais locais e os utilizavam para atingir os objetivos europeus, procurando fazer poucas intervenções diretas. Por outro lado, para evitar que as comunidades se unissem contra a colônia, eles separaram grupos que tradicionalmente viviam unidos, especialmente no Norte, onde os líderes muçulmanos ofereciam maior oposição. 

A presença britânica causou grandes mudanças na Nigéria, a principal delas foi o avanço do cristianismo. Apesar de o domínio britânico parecer estável nas duas primeiras décadas do século 20, o protetorado começou a se tornar instável até que a Nigéria conquistou a independência em 1960.  

Independência e nova Constituição 

O país ganhou independência em 1960, mas escolheu permanecer como membro da comunidade britânica, a Commonwealth. A Nigéria passou por um longo período de disputas entre os grupos étnicos desde então, e uma série de administrações civis, que falharam em controlar a crise política e foram derrubadas pelo exército. Depois de 16 anos de governo militar por quatro generais diferentes, em que a transição para a democracia e o governo civil foi continuamente adiada, a Quarta República foi inaugurada com uma nova Constituição em 1999. 

Essa mudança aconteceu em parte devido à morte súbita do general e ditador militar, Sani Abacha. Após a morte, o sucessor, o general Abdulsalami Alhaji Abubakar, supervisionou uma rápida transição para o domínio civil e promulgou uma nova Constituição. É interessante observar que na Constituição de 1999 da Nigéria secular, a palavra “islamismo” como uma religião é mencionada 28 vezes e a palavra “muçulmano”, dez vezes. No entanto, cristianismo, cristão, igreja ou tribunais canônicos não são mencionados nenhuma vez. 

Desde a retomada do regime constitucional na Nigéria, em 1999, o Partido Popular Democrata emergiu como o partido dominante, ganhando todas as eleições presidenciais, exceto em 2015 e 2019, um período com revoltas e denúncias de corrupção. 

O país entrou em um novo capítulo da história em maio de 2015, quando Goodluck Jonathan foi derrotado nas eleições presidenciais e passou o poder à oposição, ao Congresso de Todos os Progressistas (APC, da sigla em inglês) com Muhammadu Buhari como presidente. Goodluck Jonathan governou o país desde 2010 e presenciou já no primeiro mandato ameaças do grupo extremista Boko Haram.  

Nos últimos anos, o país tem lutado contra a insurgência em partes da região do Delta do Níger e islâmicos radicais no Norte do país, que têm se espalhado para o Sudoeste e Sudeste também. Os ataques foram aumentando de intensidade e frequência com os anos, tendo como alvos prédios do governo e instituições cristãs, como escolas e igrejas. O governo não conseguiu parar os ataques. Em 2012, estima-se que mais de 2.800 pessoas foram assassinadas em ataques do Boko Haram e em 2014, em uma das maiores ações do grupo, 275 meninas foram raptadas em uma escola em Chibok. 

As ações dos extremistas levaram a sanções internacionais sobre a Nigéria e diversos territórios foram dominados por eles e declarados como estados islâmicos. Vários planos do governo tentam controlar a situação e de fato conseguiram pequenos avanços, mas em 2015 a situação se agravou, especialmente com a aliança entre Boko Haram e Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP). 

A Nigéria é o maior e mais populoso país da África. O nome do país vem do Rio Níger que atravessa o seu território formando inúmeras cachoeiras e corredeiras. A Nigéria faz fronteira com Níger, Chade, Benin e Camarões (com quem teve disputas territoriais no início dos anos 2000) e ao Sul é cercado pelo Golfo da Guiné. Abuja é a capital atual do país, uma cidade planejada, apesar de a antiga capital, Lagos, continuar o centro comercial e industrial do país.  

A Nigéria também tem uma das maiores economias na África. A região Sul é a mais desenvolvida do país, com centros industriais e culturais importantes, além de portos. A extração de petróleo é uma fonte econômica importante que, desde 1960, atraiu muitas pessoas para a cidade e fomentou a urbanização na nação. Ainda assim, quase metade da população vive nas áreas rurais e cuida de pequenas plantações de subsistência.  

O país é divido em 36 estados e um distrito federal — onde fica a capital — Abuja. O setor judiciário nigeriano segue três códigos de leis: o código de costumes (sobre assuntos como divórcio), o código nacional (baseado na Constituição inglesa), e em estados com maioria muçulmana, a sharia (conjunto de leis islâmicas) também é aplicada. Apesar da alegação de que apenas muçulmanos são submetidos à sharia, os relatos de minorias religiosas subjugadas pela sharia é frequente.  

As cidades não foram planejadas e têm sérios problemas de saneamento básico. Por isso, algumas doenças, como diarreia e malária, são frequentes e causam muitas mortes.  

Tanto nas áreas urbanas como no interior, a família tem papel central. Parentes se reúnem com frequência para celebrar aniversários, casamentos e para se apoiarem em funerais. Sempre muito unidos e presentes. 

A Nigéria também tem uma rica herança cultural, tanto na arte tradicional como na contemporânea. Algumas peças são heranças de quando a Nigéria fazia parte do Reino de Benin. A música e a dança são partes da identidade nigeriana e estão presentes em diferentes estilos e fazem parte tanto das celebrações de casamentos quanto em momentos solenes como assembleias públicas e funerais. 

O clima em grande parte do território nigeriano é tropical, com estações secas e chuvosas. 

Grupos étnicos 

Estima-se que existam 250 grupos étnicos na Nigéria. Cada um habita o território que considera próprio por direito, por herança e por ter sido ocupado inicialmente pelos ancestrais. Aqueles que não são membros do grupo dominante, mesmo que morem ou trabalhem na região durante anos, continuam a ser vistos como estrangeiros.   

Os três principais grupos étnicos do país são os hausa-fulani, os iorubá e os igbos. Os hausa, que vivem no Norte, são o grupo mais numeroso. Eles se uniram com a minoria fulani, cujos membros tomaram a Hausalândia, a terra onde os hausa viviam, no século 19. A grande maioria de ambos os grupos é muçulmana. 

O outro grupo dominante são os iorubá, no Sul da Nigéria. A maioria deles são agricultores e cada subgrupo dessa comunidade é governada por um líder, chamado oba. Os igbos são o menor grupo. Eles vivem em pequenos assentamentos democráticos e descentralizados. A maior unidade política deles é conselho dos anciãos, escolhidos por mérito, que atua como a liderança local. 

A língua oficial da Nigéria é o inglês, mas a língua hausa é a mais conhecida e usada no dia a dia. O país tem uma grande variedade linguística além das descritas acima.  
No país subdesenvolvido, as meninas também enfrentam condições desiguais e são as mais vulneráveis a ataques, especialmente as cristãs. Alguns pais, com medo de que suas filhas cristãs sejam atacadas — principalmente em estados com a sharia — escolhem mantê-las em casa ou casá-las cedo com o objetivo de protegê-las. Isso resulta em meninas crescendo sem acesso a educação, ignorantes de seus direitos e dependentes economicamente de homens. 

Religiões tradicionais africanas eram dominantes na parte sul do país antes de missionários europeus introduzirem o cristianismo. A primeira missão cristã que alcançou a Nigéria foi durante o domínio português na Costa Atlântica nos séculos 15 e 16. No entanto, durante esse período, os católicos portugueses deram prioridade às atividades econômicas e políticas, por isso a missão cristã não avançou, e a maior parte do país continuou seguindo as religiões tradicionais africanas. 

Após a abolição do tráfico de escravos transatlânticos pelo Império Britânico em 1807, outra séria tentativa foi feita para reintroduzir o cristianismo na Nigéria. Os escravos libertados que já haviam se convertido tornaram-se fundamentais na evangelização da população nativa. O caso de Samuel Adjai Crowther, que foi o primeiro sacerdote anglicano nigeriano, pode ser tomado como exemplo. Ele desempenhou um papel fundamental na evangelização em Yorubaland. Depois de testemunhar o sucesso de Crowther, os anglicanos da Sociedade Missionária da Igreja, os metodistas, os batistas e os católicos romanos aumentaram os esforços para ter uma forte presença cristã na Nigéria. 

À medida que o cristianismo começou a florescer na Nigéria, as questões de discriminação, marginalização das elites africanas e disputas sobre os recursos começaram a instigar cristãos contra cristãos e muitas divisões da igreja resultaram disso. 

Missionários cristãos foram menos bem-sucedidos no Norte do país, onde os reinos tribais hausa-fulanis já eram muçulmanos. Houve poucas conversões de muçulmanos para o cristianismo durante o período colonial. Parte disso pode ser atribuído ao fato de que o Norte da Nigéria estava sob leis indiretas, e as missões cristãs não tinham permissão para operar livremente lá. 

Islamização e sharia no Norte do país 

Desde 1999, a sharia (conjunto de leis islâmicas) está imposta em doze estados do Norte, para a preocupação dos cristãos, causando um alto nível de tensão. Além disso, em muitas partes do Norte da Nigéria, e cada vez mais no Sul também, militantes inspirados em jihadistas estão matando, forçando o deslocamento de cristãos e se apossando de suas terras agrícolas. Sequestros por resgate têm aumentado consideravelmente nos últimos anos. Pouco foi feito para interromper a perseguição aos cristãos nessas áreas. 

Até recentemente, o processo de islamização estava ocorrendo principalmente a nível estadual, mas sob a presidência de Muhammadu Buhari, que começou em 2015, cada vez mais é promovido a nível nacional, ganhando um impulso sem precedentes. Isso é visto principalmente nas políticas do governo de nomeações importantes e na forma que a atmosfera de impunidade é permitida, o que beneficia principalmente as atividades de diferentes grupos islâmicos violentos, como outros grupos criminosos.  

Não há dúvidas que muçulmanos também são vítimas da violência, mas o que os cristãos experimentam é uma ameaça existencial se essa tendência de ataques continuar. 

Os cristãos no Norte da Nigéria, especialmente nos estados onde a sharia governa, enfrentam discriminação e exclusão como cidadãos de segunda classe. Os cristãos de origem muçulmana também enfrentam a rejeição de suas próprias famílias, pressão para desistir do cristianismo e violência física com frequência. 

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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