Portas Abertas • 8 fev 2020
Os 42 cristãos foram presos acusados de participar do linchamento de supostos extremistas
Uma corte antiterrorista absolveu e ordenou a soltura de 40 cristãos que foram falsamente acusados de participar do linchamento de dois homens no Golfo Persico. Em março de 2015, ao menos 15 pessoas foram mortas e outras 70 feridas durante o suicídio de dois homens-bomba na região. Os incidentes ocorreram durante as orações em duas igrejas, e provocaram fúria na população. Como consequência, dois homens foram incendiados pela multidão, que os acusaram de serem terroristas.
Em 2016, as autoridades indicaram 42 pessoas como responsáveis pelo ocorrido. Dois dos acusados morreram na prisão, provavelmente por falta de acesso a tratamento médico. Os 40 restantes foram libertos e puderam retornar para as famílias no dia 29 de janeiro de 2020. Um colaborador que conhece a região reconheceu a dificuldade em ser seguidor de Jesus no local e que o caminho para a cura física, espiritual e emocional dos envolvidos no caso será longo. “Nós também refletimos sobre as vidas e as mortes dos irmãos. Se os dois cristãos não tivessem morrido, a libertação dos outros não teria acontecido. Os óbitos foram como catalisadores e tornaram-se meios de pressão por ação e justiça”, acredita.
O representante da Portas Abertas também acredita que as vítimas não imaginavam que o sofrimento delas provocaria a liberdade dos outros, e relembrou que nem sempre é possível usufruir do resultado da luta. “Esses homens sofreram, morreram e não viram os frutos da dor deles. Mas outras pessoas tiveram os benefícios dela. Eu vejo as impressões digitais de Jesus nisso”, testemunha. “Ore pelos cristãos libertos, pelas famílias e igrejas deles. Que Deus use a comunidade para servir os irmãos e as irmãs através da intercessão e de outras maneiras que forem necessárias nas próximas semanas e meses”, pede.
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