Portas Abertas • 6 jan 2022
Pais temem que gangues criminosas ataquem escolas (foto representativa)
No Nordeste do Quênia, muitos pais não enviaram os filhos para a escola nesta semana. O governo queniano impôs toque de recolher na região da costa de Lamu, após ataques de supostos grupos de extremistas islâmicos. Sete pessoas morreram nos ataques de domingo e segunda-feira.
Ainda há dúvidas sobre a responsabilidade pelos ataques, que atingiram as aldeias de Widhu e Hindi, próximas a Lamu. Essa região do Quênia faz fronteira com áreas da Somália onde oAl-Shabaab está ativo. Muitas vezes as milícias cruzam a fronteira para causar estragos no Quênia. Mas também há gangues criminosas ativas na área.
Em Widhu, seis pessoas foram encontradas mortas e várias cabanas incendiadas. O ataque parece ser de extremistas islâmicos alinhados ao Al-Shabaab e apresenta características cruéis de terroristas islâmicos. Uma vítima foi decapitada, outra foi esquartejada até a morte e outras quatro foram queimadas vivas nas cabanas. Na aldeia Hindi, um homem de 62 anos foi assassinado e três casas foram incendiadas.
Na segunda-feira não havia crianças nas duas escolas locais. Alguns professores tentaram convencer os pais de que era seguro mandar os filhos para a escola. No dia seguinte, 25 dos 300 alunos apareceram.
No Quênia, extremistas islâmicos algumas vezes atacam escolas. Eles alegam que as escolas têm como base princípios ocidentais anti-islâmicos. Por isso, muitos pais temem que gangues criminosas ataquem escolas e matem ou sequestrem as crianças.
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