Quênia

Posição no ranking:

51

Quênia
  • Tipo de Perseguição Opressão islâmica, corrupção e crime organizado, opressão do clã
  • Pontuação na pesquisa
    63
  • ReligiãoCristianismo
  • CapitalNairóbi
  • População54,7 MILHÕES
  • População cristã45 MILHÕES

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*Informações referentes à Lista Mundial da Perseguição 2023. Em breve este perfil será atualizado.

Como é a perseguição aos cristãos no Quênia? 

Na última década, o Quênia foi cenário de diversos ataques mortais do grupo jihadista Al-Shabaab. Embora todos os cristãos sejam alvo dos radicais islâmicos, os de origem muçulmana no Nordeste e litoral vivem sob constante ameaça de ataques, até mesmo dos familiares. A consequência é o deslocamento dos cristãos perseguidos para a capital Nairóbi ou para outros lugares mais seguros. 

O Al-Shabaab também tem forte influência entre a população local, e seus membros frequentemente monitoram as atividades dos cristãos. Por causa da corrupção e do crime organizado, as autoridades não tomam medidas para proteger cristãos atacados e, com isso, encorajam novos atos de perseguição.  

Além disso, a ação dos jihadistas prejudica os sistemas de educação e saúde regionais, visto que a maioria dos professores cristãos, profissionais de saúde e outros prestadores de serviços sociais deixaram a região norte por causa da insegurança.  

Muitas pessoas começaram a nos isolar. Elas diziam que não pertencíamos mais à tribo.” 

Munah, cristã perseguida no Quênia 

Como as mulheres são perseguidas no Quênia? 

Nas regiões de maioria muçulmana, mulheres e meninas cristãs enfrentam múltiplas formas de pressão e violência. Embora a Constituição estabeleça plenamente a equidade de gênero, práticas culturais em algumas tribos – como rituais de purificação, herança de viúvas, mutilação genital feminina, casamento precoce e poligamia – colocam mulheres cristãs em um grande risco de perseguição caso se oponham a essas práticas. Viúvas podem ser deserdadas e forçadas a saírem de casa ao se oporem aos rituais tradicionais de enterro.  

Além disso, a falta de implementação efetiva da Constituição tem causado uma crescente insatisfação entre a população queniana. David Marage, chefe de Justiça queniano, declarou: “Em minha opinião, a Constituição do Quênia é uma das melhores constituições do mundo, se nós apenas pudéssemos implementá-la”. 

Na região norte, meninas e mulheres cristãs continuam enfrentando assédio e rejeição social. Meninas e mulheres são forçadas a concordar com o código de vestimenta islâmico. Se elas falham em fazê-lo, podem ser assediadas, ameaçadas e forçadas a deixar a escola.  

Em comunidades tradicionais, mulheres são consideradas como tendo o mesmo status social das crianças. Os regulamentos rigorosos que seguem essa categorização incluem não terem permissão de comandarem um negócio, a não ser se forem do marido ou em nome dele, o que coloca as mulheres em desvantagem econômica. Essas inibições culturais agravam ainda mais a vulnerabilidade delas à perseguição. Além disso, relatos sugerem que domésticas cristãs correm grande risco de assédio e violência sexual, principalmente meninas da Tanzânia e de Uganda. 

Mulheres de origem muçulmana convertidas ao cristianismo enfrentam uma grande variedade de tipos de pressão. A primeira medida tomada é isolá-las da comunidade cristã e colocá-las sob prisão domiciliar. Se forem casadas, são obrigadas a se divorciar e podem perder a guarda dos filhos. Se forem solteiras, principalmente as jovens, enfrentam a probabilidade de um casamento forçado – geralmente com um homem muçulmano muito mais velho.  

Em circunstâncias extremas, mulheres no Norte do Quênia são sequestradas ou enganadas por militantes do Al-Shabaab e forçadas a serem escravas sexuais ou esposas deles. Recentemente, fontes internas revelaram que novas rotas de tráfico sexual para a Índia apareceram, e houve casos relatados de mulheres quenianas sendo enganadas principalmente com a promessa de emprego no Oriente Médio.   

Como os homens são perseguidos no Quênia? 

Meninos e homens cristãos na região nordeste enfrentam o maior perigo de agressão física, recrutamento forçado e execução pelas mãos de radicais muçulmanos e do Al-Shabaab. De acordo com um especialista do país, homens são mais visados e mortos em ataques de militantes islâmicos. Homens também correm mais risco de serem presos do que as mulheres.  

Homens e meninos também enfrentam ameaça de isolamento e condenação social quando vão contra as normas sociais. Aqueles que se opõem a práticas culturais em algumas tribos (como ritos de funerais, mutilação genital feminina, casamentos precoces e poligamia) enfrentam perseguição de diferentes formas. As famílias deles não são aceitas na sociedade pois eles são considerados “amaldiçoados”, “fracos” ou “não sendo um homem de verdade” (se optam pela circuncisão no hospital) ou são excluídos das questões familiares caso se convertam ao cristianismo. Um especialista no país acrescenta: “Nas religiões tradicionais africanas, os homens precisam agradar aos pais para terem uma boa herança, principalmente se não são o primogênito. As comunidades pastoris, como Maasai, Samburu e Pokot geralmente preferem o estilo de vida polígamo para o homem. Elas também preferem quando o homem se casa com alguém da comunidade. Quando um homem se casa com uma mulher cristã de outra comunidade, os anciãos insistirão para que ele tenha uma segunda esposa da própria comunidade. Isso resulta em uma pressão imensa sobre o homem, e em casos em que ele não atende ao pedido, ele normalmente é desonrado e não recebe uma boa herança”. 

Há também relatos de que cartéis organizados mobilizados por líderes muçulmanos usam meninas muçulmanas para atrair cristãos à conversão. Pastores e líderes cristãos que vivem em regiões dominadas pelo islamismo enfrentam antagonismo étnico, são ridicularizados e enfrentam rejeição por causa da fé, incluindo falsas acusações. De acordo com uma fonte, “pastores, líderes cristãos e suas família que trabalham no Norte do Quênia e outras áreas dominadas por muçulmanos são o principal alvo de grupos terroristas e, na maioria dos casos, esses líderes e suas famílias são sequestrados por gangues terroristas que exigem o pagamento de resgate para que sejam soltos”. 

Líderes cristãos que falam contra atividades ilegais como tráfico de drogas e cultivo de khat também têm sua entrada ou passagem por certos territórios de gangues proibidos. Diversos pastores são ameaçados e intimados a pararem de pregar, caso contrário, enfrentarão consequências sérias, com muitos sendo forçados a fugir. Alguns membros do parlamento em Migori também patrocinam gangues que ameaçam e intimidam líderes cristãos na região. 

Enquanto mulheres convertidas de contexto muçulmano correm risco de perderem a custódia dos filhos e enfrentarem divórcio, homens convertidos estão em desvantagem principalmente em casos em que a criança é muito pequena. De acordo com um especialista do país, é “mais vergonhoso para um homem se converter porque isso significa falhar e atrai ridicularização e discriminação”.  

Os convertidos de origem muçulmana podem ter seus direitos de herança negados, colocando-os em uma situação vulnerável, pois os homens são os principais provedores da família.     

Como posso ajudar os cristãos perseguidos?  

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a necessidade é mais urgente. 

[QUERO AJUDAR] 

Quem persegue os cristãos no Quênia? 

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Quênia são: opressão islâmica, corrupção e crime organizado e opressão do clã. 

Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Quênia são: grupos religiosos violentos, cidadãos e quadrilhas, parentes, líderes religiosos não cristãos, redes criminosas, oficiais do governo e líderes de grupos étnicos.    

Pedidos de oração do Quênia 

  • Interceda pelo fortalecimento das igrejas no Quênia, para que os cristãos sejam supridos em todas as necessidades e consigam testemunhar o amor de Deus.  

  • Clame por sabedoria e integridade aos governantes, para que eles protejam a população e não aceitem suborno para deixar crimes sem punição.  

  • Ore para que os grupos extremistas como o Al-Shabaab sejam frustrados em seus intentos e que muitos militantes tenham um encontro real com Cristo.   

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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