Portas Abertas • 27 jan 2022
Preso em novembro de 2017, o cristão foi acusado de blasfêmia após uma disputa de pagamento de aluguel.
No Paquistão, o cristão acusado de blasfêmia, Nadeem Samson*, foi libertado após pagamento de fiança. A decisão da Suprema Corte do país beneficiou o seguidor mantido em detenção por quase cinco anos
De acordo com o advogado de Nadeem, é a primeira vez que isso acontece na história judicial do Paquistão. Os tribunais locais são conhecidos por rejeitar regularmente os apelos de fiança das vítimas da lei de blasfêmia, especialmente quando as acusações feitas são graves e puníveis com pena de morte.
Preso em novembro de 2017, o cristão foi acusado de blasfêmia após uma disputa de pagamento de aluguel de uma propriedade. Embora a libertação da prisão preventiva seja uma boa notícia, não significa que ele foi absolvido. O caso permanece pendente no Tribunal Distrital de Lahore, onde um resultado pode levar anos. Porém, Nadeem não está totalmente seguro fora dos muros da prisão.
A blasfêmia é uma questão volátil para a maioria muçulmana do Paquistão, o “crime” resulta em pena de morte. As leis são usadas para acertar contas ou para atingir aqueles pertencentes a uma das minorias religiosas, como a cristã.
Em janeiro, um Tribunal de Sessão em Rawalpindi condenou o pastor protestante Zafar Bhatti à morte por enviar mensagens de texto com blasfêmias, uma acusação que ele nega.
O reverendo Bhatti havia apelado para uma sentença de prisão perpétua proferida por um tribunal em 2017. O líder cristão de 56 anos foi preso e detido em 2012, o que faz dele o prisioneiro sob acusação de blasfêmia com a pena mais longa do Paquistão.
*Nome alterado por segurança.
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