Portas Abertas • 18 jul 2023
O cristão Danladi é um sobrevivente traumatizado pelos ataques (foto representativa)
Em maio, relatamos ataques às comunidades cristãs no estado de Plateau, Nigéria. Parceiros locais continuam acompanhando as vítimas e relataram recentemente que, passados quase dois meses, os extremistas permanecem impunes e realizaram novos ataques na região.
Danladi, um cristão que sobreviveu a um dos ataques recentes, conta: “Era noite e estávamos em casa quando eles cercaram nossa comunidade. Eles vieram, começaram a atirar e mataram muitos de nós. Escapei por pouco. Nossas casas foram queimadas e ainda estamos vivendo sob tensão”.
“Nos esgueiramos para checar nossas plantações e fugimos. Não temos para onde ir ou o que comer. Eles queimaram nossas roupas. Estamos passando por momentos muito difíceis. Pedimos a cristãos do mundo todo e da Nigéria que venham nos socorrer. Precisamos de comida, de roupas e abrigo. Por favor nos ajude. Queremos muito voltar para casa e que a paz seja restaurada”, acrescenta Danladi.
Há pouco tempo, militantes fulani mataram ao menos nove pessoas na região de Farin Lamba. Alguns dias depois, queimaram muitas casas de cristãos na mesma área e incendiaram duas igrejas na região de Sabon-Gari. No total, nas duas últimas duas semanas, 30 pessoas foram mortas.
“Os ataques acontecem quase todos os dias em diferentes comunidades”, conta um parceiro local da Portas Abertas. “Por favor, ore por nós para que Deus nos sustente e nos proteja. Os extremistas nos destruíram”, pede Simon, outro sobrevivente.
“Estamos cercados por militantes fulani. Eu escapei por pouco. Dois dos meus vizinhos foram mortos. Minha esposa e filhos também quase não sobreviveram. Eles queimaram nosso depósito de comida, colchões, travesseiros, tudo o que nós tínhamos. Só restou a roupa que estamos vestindo”, contou Simon.
O governador do estado de Plateau determinou um toque de recolher depois dos ataques da última semana. O número de vítimas é ainda maior quando observado desde abril deste ano. Foram 346 pessoas mortas, mais de 200 delas foram vítimas dos conflitos entre nômades fulani e agricultores locais.
A crise também gerou 18.571 deslocados internos que estão distribuídos em 14 acampamentos e algumas igrejas que os estão acolhendo também. Considerando que a Nigéria é o país mais violento para cristãos, a crise preocupa e nos move a interceder pela Igreja Perseguida na Nigéria.
Cristãos na África Subsaariana são vítimas de várias formas de violência apenas pela fé em Jesus. Por isso, muitos são obrigados a deixar casa e cidade. Sua doação oferece cuidados pós-trauma e itens de sobrevivência, como comida, roupas, cobertores, fraldas, primeiros socorros e ajuda médica.
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