Portas Abertas • 18 mai 2021
O pastor Rachid Seighir e o vendedor Nouh Hamami aguardam veredito judicial por vender livros que "abalam a fé muçulmana" na Argélia (foto representativa)
Os cristãos na Argélia pedem oração pelo pastor Rachid Seighir e pelo funcionário dele na livraria, Nouh Hamami. Ambos aguardam um veredito do tribunal para o dia 30 de maio. O “crime” cometido por eles foi vender livros cristãos que podem “abalar a fé dos muçulmanos”. Em 27 de fevereiro, eles também foram considerados culpados por “proselitismo religioso", isto é, compartilhar a mensagem de Cristo com outros.
Há uma lei argelina que obriga as igrejas a terem uma autorização especial para cultos não muçulmanos e criminaliza “a produção, o armazenamento ou a divulgação de documentos impressos, audiovisuais ou qualquer outro meio com a intenção de abalar a fé de um muçulmano”.
O pastor Rachid dirige uma igreja em Oran (LOratoire) e também é proprietário de uma livraria. A polícia invadiu o local em setembro de 2017 e encontrou livros cristãos, Bíblias e máquinas de impressão. O líder cristão e o vendedor Hamami foram condenados a dois anos de prisão e multados com o valor de 3.745 dólares, cada um. O último apelo dos cristãos foi no último domingo, 16 de maio.
A Argélia ocupa a 24ª posição na Lista Mundial da Perseguição, e os cristãos locais são impedidos de cultuar sem uma licença específica, são hostilizados pela comunidade e os ex-muçulmanos têm as liberdades limitadas, o que dificulta a expressão da opinião deles em público.
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