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O aumento acentuado da pressão do governo contra a igreja protestante argelina continuou em 2024. Em 2023, quase todas as igrejas protestantes da Argélia foram obrigadas a fechar. Em 2024, todas as igrejas restantes foram fechadas, levando os cristãos protestantes na região ao isolamento. O país tem leis que regulam o culto não muçulmano, incluindo restrições legais que proíbem qualquer ação que “abale a fé de um muçulmano”, ou seja, atividades que possam “atrair muçulmanos à conversão a outra religião”.
Outros grandes impulsionadores das violações da liberdade religiosa na Argélia são familiares, membros da comunidade e professores islâmicos radicais, juntamente a funcionários do Estado que adotam as opiniões extremistas que circulam na sociedade. Os cristãos argelinos, a maioria dos quais são convertidos do islã, correm o risco de oposição de familiares. A pressão e o perigo que os cristãos enfrentam são particularmente altos nas partes árabes, rurais e religiosamente conservadoras do país.
Naasima (pseudônimo), cristã perseguida da África
Na Argélia, as mulheres cristãs enfrentam pressão em várias esferas públicas, incluindo seus locais de trabalho e ambientes educacionais. Isso inclui assédio, principalmente se elas estiverem sem o véu, além da possibilidade de agressão sexual e ameaça de morte. Também na esfera privada, as mulheres cristãs de origem muçulmana enfrentam graves violações de sua liberdade religiosa por parte da família. A conversão é proibida e perigosa.
Os líderes da igreja relatam que os cristãos de origem muçulmana, especialmente mulheres, são frequentemente espancados, assediados e ameaçados. As mulheres que deixam o islã para seguir a Jesus podem ser colocadas em prisão domiciliar nas famílias muçulmanas. Além de restringir o acesso das mulheres a uma comunidade significativa, as famílias também impedem que as cristãs de origem muçulmana acessem canais de TV ou rádio cristãos. À luz da pressão e violência, muitas optam por esconder a fé e viver como cristãs secretas.
A onda de fechamento de igrejas pelas autoridades privou muitos cristãos argelinos da comunhão, deixando-os sem a possibilidade de frequentar encontros de estudo bíblico e discipulado, bem como a oportunidade de serem batizados. As mulheres, em particular, são afetadas por isso. Elas não têm a liberdade de viajar para igrejas distantes em busca de ensino cristão e comunhão.
Se a conversão ao cristianismo é descoberta pela família, as cristãs de origem muçulmana solteiras podem ser ameaçadas de casamento forçado com um homem muçulmano. Isso é feito com o propósito de forçá-las a voltar à fé islâmica. Se uma mulher já é casada quando se torna cristã, seu marido pode se divorciar dela, usar sua fé para explorá-la ou restringir seu acesso a materiais cristãos.
Os homens cristãos na Argélia enfrentam pressão social e econômica contínuas, como assédio no ambiente de trabalho e espaços comunitários. Como os homens são os principais provedores das famílias na Argélia, a perda do trabalho pode ter um efeito devastador em toda a família, criando medo e uma sensação de desamparo.
Como a maioria dos líderes religiosos na Argélia são homens, eles são mais propensos a serem interrogados ou presos, o que também afeta seu futuro no mercado de trabalho. Além disso, se os homens são presos, seus filhos e famílias também podem precisar lutar pela sobrevivência sem um provedor financeiro. Homens cristãos de origem muçulmana podem enfrentar perseguição ainda maior por parte da família. Isso pode incluir espancamentos, expulsão de casa, insultos verbais e ameaças.
A Portas Abertas trabalha com parceiros locais e igrejas na África para fornecer treinamento de liderança, discipulado e projetos de geração de renda, assistência jurídica, cuidados pós-trauma, distribuição de Bíblias e cuidado pastoral.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Argélia são: opressão islâmica, paranoia ditatorial, opressão do clã e hostilidade etno-religiosa.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Argélia são: oficiais do governo, parentes, partidos políticos, cidadãos e quadrilhas, líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, líderes de grupos étnicos.
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