Portas Abertas • 4 out 2024
No último mandato presidencial, a liberdade religiosa foi profundamente deteriorada
Abdelmadjid Tebbone garantiu mais um mandato como presidente da Argélia com um recorde de 96,65% de votos no início de setembro. A vitória avassaladora, no entanto, vem com uma grande preocupação: a menor participação eleitoral na história do país.
Apenas 23% dos 24 milhões dos eleitores registrados foram às urnas. Ou seja, apenas 5,6 milhões de argelinos votaram. O resultado é um forte contraste à alta porcentagem de aprovação e reflete a crescente desilusão da população com a política na Argélia.
Além disso, a reeleição preocupa a comunidade cristã local, especialmente pelo histórico do mandato presidencial entre 2019 e 2024. Nesse período, a liberdade religiosa de não muçulmanos se deteriorou.
A maioria das igrejas protestantes na Argélia foram fechadas pelas autoridades e mais de 50 líderes cristãos foram processados sob acusação de “evangelismo” e de “exercer uma religião fora do islã sem autorização”. Essas medidas restringem a possibilidade de os cristãos argelinos praticarem livremente a fé em Jesus.
Dessa forma, a igreja argelina não sabe se o novo mandato de Tebboune conservará a postura rígida ou se há esperança de mais tolerância. A comunidade cristã está em oração para que o governo respeite as minorias religiosas e conta com as intercessões da igreja global.
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