Portas Abertas • 5 fev 2023
Familiares das vítimas encontraram um pouco de consolo
Em 2019, três igrejas e três hotéis foram alvos de ataques a bomba que deixaram inúmeros cristãos mortos no Sri Lanka, no domingo de Páscoa. Três anos se passaram e as famílias ainda sentem a dor do luto e da injustiça.
Há menos de um mês, uma fresta de esperança raiou para essas famílias. No dia 12 de janeiro, a Suprema Corte do Sri Lanka determinou que o ex-presidente Maithripala Sirisena e outros quatro oficiais de alta patente paguem 310 milhões de rúpias cingalesas como indenização às vítimas dos ataques de Páscoa.
A partir de um relatório de 85 páginas, a Corte concluiu que o ex-presidente e outras autoridades que administravam o país na época poderiam ter impedido os ataques, mas não o fizeram. Os repetidos alertas que as Forças de Segurança Nacional emitiram ao Executivo sobre os bombardeios que poderiam, e de fato aconteceram, entre as semanas antes e depois de 21 de abril de 2019, foram ignorados.
O processo começou pouco depois dos ataques, com 12 petições enviadas pelas famílias das vítimas. Algumas pessoas foram presas por estarem ligadas aos ataques, mas a maioria obteve direito a fiança ou foi absolvida depois de pouco tempo.
A justiça parecia uma possibilidade remota até a decisão recente da Suprema Corte. “A decisão da Suprema Corte me alegra. Agora todos sabem que o governo tinha acesso a esses dados e o poder para impedir a morte de centenas de vidas inocentes ceifadas no ataque, mas escolheu não fazer nada”, comentou um parceiro local da Portas Abertas.
“O processo atinge diretamente as autoridades que negligenciaram suas responsabilidades, mas os cidadãos que planejaram o ataque continuam impunes. Ainda há muitas questões sem respostas. Isso deixa a comunidade cristã insegura e com a sensação de que a justiça não está completa”, acrescenta o parceiro.
Obrigada por seu apoio em oração, por ter intercedido pela família na fé. Contamos com suas orações para que a indenização seja paga de fato e que as famílias saibam que mesmo que a justiça humana as abandone, o Senhor sempre as acolherá.
Pedidos de oração
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