Portas Abertas • 15 set 2017
“Nós vamos fazer algo com vocês, cristãos, que não será esquecido por muitas gerações”. É o que uma das vítimas de ataques ouviu do homem que atirou em seu marido. Esse é apenas um exemplo que reflete o significativo aumento da violência na República Centro-Africana. Nos últimos dias tanto a ONU como a Anistia Internacional emitiram relatórios que mostram o crescimento da violência no país.
O relatório da ONU alerta para o risco de o país ser tomado por uma guerra civil. Já a Anistia Internacional documentou o padrão da violência, que inclui estupro, tortura, saques e morte. Tais atos são praticados pela União pela Paz, uma das milícias atuantes no país. O relatório da Anistia Internacional também destaca como o abuso de homens e mulheres é usado sistematicamente “como uma arma de guerra e como um meio de humilhar e degradar as vítimas”.
O analista de perseguição da pesquisa para a Lista Mundial da Perseguição – editada anualmente pela Portas Abertas, – Yonas Dembele, diz que apesar de haver uma missão de paz da ONU no país, ela não foi eficaz na restauração da paz. Ele diz também que a ONU e a União Africana deveriam tomar atitudes mais drásticas para desarmar as milícias e fazê-las pagar por seus crimes.
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