Portas Abertas • 26 set 2018
Interceda pelos nossos irmãos paquistaneses que enfrentam violência
Uma disputa de terra entre moradores cristãos e muçulmanos na zona rural do Paquistão acabou com um ataque à comunidade cristã, porém os responsáveis não foram acusados. O local em questão é um pedaço de terra que pertence a uma igreja, mas a fronteira do terreno é de Mukhtar Hussain, um homem muçulmano. Em janeiro, Hussain apresentou um pedido à corte local para cultivar na terra. Seu pedido foi rejeitado, mas, no dia do ataque, ele e cinco outros, incluindo seus três filhos, invadiram a área com um trator.
“Era por volta de 10h da manhã e a maioria dos homens tinha ido trabalhar quando os filhos de Hussain começaram a invadir a terra”, conta Bashir Masih, tesoureiro da igreja. Imediatamente, cristãos, na maioria mulheres e crianças, tentaram impedi-los. Hussain, de 70 anos, e os demais seguravam madeiras e com elas bateram em duas mulheres cristãs, Biqui Bibi, de 35 anos, e Nasreen Bibi, de 60 anos. Então as crianças cristãs começaram a jogar pedras e uma acertou Hussain no nariz, fazendo com que começasse a sair sangue.
“Os muçulmanos imediatamente espalharam a notícia que ele tinha morrido após cristãos o acertaram com uma pedra”, conta Masih. Depois de apenas alguns minutos, cerca de 50 a 60 homens e mulheres se reuniram e começaram a atacar casas de cristãos. Eles bateram em todos que encontraram, e quando cristãos se trancaram em suas casas, eles quebraram os portões de entrada e escalaram as paredes. Dentro das casas, insultaram, bateram e machucaram mulheres.
Quando os homens cristãos foram informados sobre o ocorrido, correram para as casas e informaram a polícia. Mas as pessoas de Mukhtar continuaram batendo nos cristãos até a polícia chegar. O braço de um menino de 10 anos foi quebrado e duas mulheres foram agredidas e tiveram suas roupas rasgadas.
Ainda agora, os cristãos, que são na maioria analfabetos e trabalham como operários, disseram que continuam assustados para fazer uma reclamação oficial com a polícia, por medo de ataques futuros. Quando o chefe de polícia local, Muhammad Idrees, foi questionado sobre o porquê de não terem sido presos, ele disse que a polícia ainda não recebeu uma reclamação da comunidade cristã e não pode agir sem uma.
Pedidos de oração
Leia também
Paquistão completa 71 anos de independência
Eleições no Paquistão são motivo de oração
Morrem dois cristãos que trabalhavam na rede de esgoto