Portas Abertas • 1 mar 2022
Cristã foi impedida de fazer curso de subsistência gratuito para mulheres por causa da fé (foto representativa)
Hoje, 1º de março, é comemorado o Dia Mundial de Zero Discriminação. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), visa discutir as discriminações enfrentadas pelos cidadãos em todo o mundo.
No Laos, embora as autoridades neguem que os cristãos locais sofram qualquer tipo de discriminação, os cristãos são discriminados e humilhados por causa da fé. Apesar do fato de a Constituição do Laos garantir o direito dos cidadãos à liberdade religiosa, de acordo com a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, o governo restringe regularmente as atividades de culto cristão.
A liberdade dos seguidores de Jesus no país é severamente restringida pelo intenso monitoramento das autoridades comunistas. Igrejas domésticas que não têm aprovação administrativa são consideradas ilegais e realizam cultos de forma clandestina.
No Sul do Laos, o casal Khai* e Fon* foi discriminado por causa do amor a Cristo. Durante oito anos, Khai fez parte do serviço militar no Laos. Ele era constantemente ameaçado de perder o emprego por ser cristão. Ele desistiu do emprego, mas não renunciou à fé em Jesus.
Fon, a esposa de Khai, não foi autorizada a participar de um treinamento de subsistência. Ela se inscreveu para participar de um treinamento gratuito para formação de mulheres costureiras. O curso aconteceria na aldeia onde vive com a família, mas no processo final da inscrição, Fon foi questionada sobre a fé em Jesus.
Depois de concluir todas as fases da inscrição, o gerente do treinamento informou que ela não poderia participar do curso a não ser que pudesse pagar todas as despesas do treinamento.
Desde 2018, quando tiveram um verdadeiro encontro com Jesus e escolheram caminhar na fé cristã, Somkhit* e Anida* passaram a ser discriminados na aldeia onde vivem com os seis filhos na região norte do Laos.
O chefe da aldeia deixou a família cristã sem instalação do sistema de água e disse que, se eles quisessem água, teriam que buscar. A comunidade zomba e discrimina o casal e os filhos. Como a aldeia de Somkhit e Anida sobrevive da agricultura, eles foram apontados como responsáveis pela má colheita.
Em 2020, a falta de chuva atrapalhou o desenvolvimento do plantio na aldeia, e a comunidade se revoltou com a presença dos cristãos no local. Para os vizinhos, a falta de chuva foi um castigo dos espíritos furiosos, porque a família deixou o animismo para seguir a fé cristã.
A Portas Abertas acredita no princípio de acabar com as discriminações enfrentadas por cristãos em todo o mundo. Seja você também um agente de transformação. Com a sua doação, você ajuda a promover projetos que auxiliam os cristãos perseguidos com recursos básicos de saúde, alimentação, ajuda socioeconômica, alfabetização e programas de discipulado.
*Nomes alterados por segurança.
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