Portas Abertas • 14 fev 2020
O prazo para ações que responsabilizam o governo ou servidores públicos expira depois de 3 anos de abertura do caso
O dia 13 de fevereiro é inesquecível para a família Koh, na Malásia. Foi nessa data, em 2017, que o pai da família, pastor Raymond Koh, foi sequestrado e nunca mais visto desde então. A esposa do pastor Raymond, Susanna Koh, organizou uma noite de oração e atualização sobre o caso, com a participação de amigos e associados.
No evento, realizado na noite do dia 13, Susanna afirmou que abriu um processo contra os ex-inspetores gerais da polícia Tan Sri Khalid Abu Bakar e Tan Sri Mohamad Fuzi Harun pelo incidente de desaparecimento do marido. Ela também explicou que não recebeu mais notícias sobre o andamento do caso. Como resultado, ela foi aconselhada a processar a polícia, visto que o prazo de três anos expirará junto com o terceiro aniversário de desaparecimento do pastor Raymond.
O advogado de Susanna, Datuk Gerald Gomez, explicou que eles não podem esperar, visto que qualquer ação contra o governo e servidores públicos estava limitada a três anos somente, e após esse prazo nenhuma ação pode ser tomada contra eles.
Caso é levado ao Judiciário
Susanna declarou durante o encontro: “Não tivemos alternativa senão apelar para o último bastião de justiça e verdade, nosso Judiciário. Só o tempo dirá se a justiça prevalecerá e se todos que cometeram esse horrendo ato contra um cidadão da Malásia serão responsabilizados por suas ações ilegais”.
A Comissão de Direitos Humanos da Malásia (SUHAKAM) havia concluído, em seu relatório de 3 de abril de 2019, que houve evidência direta e circunstancial de que o pastor Raymond Koh havia sido sequestrado pelo Departamento de Polícia Especial. Em decorrência disso, o governo formou uma força-tarefa em junho para averiguar o caso.
Era esperado que a força-tarefa chegasse a uma conclusão em seis meses, em dezembro de 2019. Mas em janeiro de 2020, o ministro do Interior, Muhyiddin Yassin, disse que a força-tarefa precisava de mais tempo para completar seu relatório. “Espero que o relatório esteja pronto em um mês e seja submetido ao Ministério”, declarou a repórteres.
Susanna pediu aos presentes no encontro de ontem à noite que orassem pelo caso e agradeceu: “Obrigada por vir e por nos ajudar a manter essa questão viva. Por favor, orem por nós, para que a justiça seja feita agora que o caso está nas mãos do Judiciário”.
Pedidos de oração
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