Portas Abertas • 28 dez 2023
A vigilância aumenta a pressão sobre os cristãos locais (foto representativa)
A polícia local do Laos intimou os pastores Khonesavan* e Khammy* para interrogatório. Aparentemente, a intimação foi motivada pela suspeita de os pastores estarem envolvidos com estrangeiros. O pastor Khonesavan é o líder de uma igreja na área rural no Sul do Laos.
Algum tempo antes da prisão, a construção da igreja que ele planejou foi proibida pelas autoridades locais da comunidade. Apesar da proibição, ele e outros cristãos seguiram adiante na construção, por isso, os dois foram convocados para um interrogatório. Kaithong*, um parceiro local que trabalha na região disse que “o pastor Khonesavan foi à delegacia de manhã e foi interrogado por quase três horas”.
“Disseram que ele liderava uma congregação que não obedecia às ordens do governo e que os cristãos não respeitavam as autoridades. Se as autoridades locais investigarem o prédio da igreja e eles descobrirem qualquer violação ou que alguma das orientações não foram seguidas, a obra será interrompida mais uma vez”, disse o o parceiro.
Enquanto interrogavam o pastor Khonesavan, o pastor Khammy*, outro parceiro local da Portas Abertas que atua em uma província diferente, também foi colocado sob vigilância policial e pouco depois foi intimado à delegacia.
No mesmo período, no Vietnã, um país vizinho, tiros foram disparados contra cristãos indígenas e a pressão sobre os seguidores de Jesus aumentou. “Por causa do tiroteio no Vietnã, Khammy, um de nossos parceiros locais, foi reprimido como colaborador de cristãos estrangeiros”, disse Kaithong.
Desde o incidente no Vietnã, as autoridades aumentaram a vigilância sobre a igreja no Laos, especialmente nas comunidades indígenas. A polícia do Laos afirmou que quem começou o tiroteio no Vietnã foi um cristão que disparou contra um policial e que por isso os cristãos eram pessoas ruins.
Os policiais ficaram alarmados pensando que os cristãos do Laos também poderiam atacá-los. “Os líderes acham que os policiais estão fazendo as intimações de todos os cristãos que tenham algum histórico de associação a cristãos estrangeiros por causa desse medo. Khammy pediu que parássemos de falar com ele por causa do aumento da vigilância e porque a polícia exigiu que ele denuncie todas as atividades [cristãs] que acontecerem fora do vilarejo”, disse Kaithong.
*Nomes alterados por segurança.
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