Portas Abertas • 2 ago 2019
A Coreia do Norte ocupa a 1ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, e a população não tem direito à liberdade de pensamento, religião, expressão e informação
A Coreia do Norte encabeça a Lista Mundial da Perseguição, que elenca os países mais perigosos para seguir Jesus, todos os anos desde 2002. Qualquer pessoa que acredite em uma autoridade superior à da família Kim é considerada inimiga do Estado. Os cristãos na Coreia do Norte devem manter a fé em segredo e, muitas vezes, são incapazes de dizer até mesmo aos familiares mais próximos.
Enquanto a Coreia do Norte e a China reprimem os desertores, famílias inteiras sofrem e são frequentemente punidas pelas ações de seus parentes. Se um cidadão é acusado de ser cristão, as autoridades enviam toda a sua família para um campo de trabalho forçado. A maioria nunca é vista novamente.
"O objetivo desta ação é impedir os desertores de trabalhar com grupos de direitos humanos e igrejas e pressionar os refugiados a voltarem. Às vezes, esses desertores que retornam são treinados para se tornar espiões e, em seguida, enviados novamente. Isso não é voluntário... eles não têm escolha”, afirma um pesquisador da Portas Abertas.
Desde que Kim Jong-un chegou ao poder em 2011, o número de desertores norte-coreanos caiu. A segurança nas fronteiras entre a Coreia do Norte e a China, onde os desertores frequentemente fogem, aumentou. Essa questão é parcialmente alimentada pelo medo que a China tem de um aumento de refugiados devido à seca e fome na Coreia do Norte.
As incursões em toda a China aumentaram desde meados de abril, destruindo a "Ferrovia Subterrânea" norte-coreana, uma rede informal de corretores, instituições de caridade e intermediários que ajudam aqueles que desejam fugir. Pelo menos 30 norte-coreanos foram presos. Mesmo quando os norte-coreanos escapam do país, estão sujeitos a intensa vigilância e pressão, especialmente na China.
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