Portas Abertas • 24 set 2019
Todas as escolas fechadas eram dirigidas por organizações religiosas e, por isso, tiveram que encerrar as atividades
Após a notícia de que os centros de saúde administrados pela igreja da Eritreia foram fechados neste ano, o governo já apreendeu sete escolas secundárias. Todas essas escolas eram dirigidas por organizações religiosas: católicos, outras denominações cristãs e muçulmanos. A Eritreia ocupa hoje a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição, e os irmãos precisam do nosso apoio em oração.
A ordem de entrega das escolas foi dada na terça-feira, 3 de setembro. O governo da Eritreia diz que os fechamentos estão alinhados com os regulamentos que foram introduzidos em 1995, que impõem um limite às atividades das instituições religiosas. Esses regulamentos raramente foram aplicados e acredita-se amplamente que os fechamentos sejam na verdade uma retaliação às críticas da igreja ao presidente Isaias Afwerki.
Após o acordo de paz com a Etiópia, os bispos católicos da Eritreia fizeram um apelo público à reforma do governo em uma carta de 30 páginas. As escolas que foram fechadas são frequentadas em grande parte por estudantes de origens economicamente desfavorecidas, e várias delas foram fundadas há mais de 70 anos. Tudo isso revela que a perseguição a cristãos no país está se intensificando.
Além da apreensão e fechamento dos centros de saúde administrados pela igreja em junho, mais de 150 cristãos foram presos por serem membros de igrejas pertencentes a denominações não registradas. A polícia invade regularmente as casas dos cristãos de denominações “ilegais”. Quando os cristãos são presos, muitas vezes lhes é pedido que renunciem à fé como condição para libertação. Centenas de membros de igrejas ainda estão na prisão, com alguns sendo mantidos em cativeiro por mais de uma década.
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