Portas Abertas • 27 jun 2019
Mais do que apenas tentar barrar o evangelho na Eritreia, o governo do país também está prejudicando a população ao fechar os centros de saúde da igreja
Autoridades do governo da Eritreia pediram aos administradores do centro de saúde que assinassem um documento aprovando a entrega da propriedade ao Estado. Quando a maioria dos administradores se recusou a assinar, os agentes de segurança removeram o pessoal dos centros de saúde e os fecharam.
Embora o governo ainda tenha que dar uma razão para esta decisão, é evidente a crescente perseguição aos cristãos no país. Vale lembrar que, muitas vezes, a Eritreia é tida como a “Coreia do Norte” da África. Trinta cristãos foram presos no país no início deste mês. Eles são membros de uma igreja pentecostal, uma denominação não registrada e, portanto, ilegal. Por isso, foram presos em três diferentes encontros em Asmara. Além disso, outros 141 cristãos foram presos em maio de 2019.
A polícia invade regularmente as casas dos cristãos de denominações não registradas. Os cristãos presos geralmente só são libertados sob a condição de renunciarem a sua fé. Centenas de membros de igrejas permanecem na prisão, com alguns mantidos em cativeiro por mais de uma década.
Uma possível razão para este aumento da perseguição, em especial aos centros de saúde da igreja na Eritreia, funciona como uma retaliação a um apelo público por reformas governamentais dos líderes cristãos da Eritreia. Após o recente acordo de paz com a Etiópia, os bispos co-assinaram uma carta de 30 páginas dizendo que a nação deveria se unir e se curar.
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