Portas Abertas • 23 jul 2024
A população tem apenas duas horas para circular e comprar itens de necessidade básica
Na última semana, gritos violentos, corte de internet e tiroteios tomaram Bangladesh. Prédios foram saqueados e incendiados durante protestos incessantes contra decisão recente do governo sobre cotas universitárias. As autoridades declararam um toque de recolher de civis em todo o país.
“Parece que estamos vivendo em um país tomado pela guerra”, conta Abraham, um parceiro da Portas Abertas em Bangladesh. A situação começou há um mês com protestos pacíficos de estudantes universitários contra a posição das autoridades que se recusam a deixar o sistema de ingresso ao ensino superior por cotas.
Os calouros e veteranos das universidades em Bangladesh expressaram seu desejo de que o ingresso passe a ser pelo sistema baseado em mérito, ou seja, por avaliação individual, não pela reserva de vagas que o governo mantém atualmente. A situação se tornou violenta quando partidos políticos se envolveram na discussão e começaram a atacar os manifestantes.
A internet foi cortada na última quinta-feira (18) e, desde então, os protestos perderam o rumo. “Tantos prédios estão destruídos e o governo diz que demorará um ano e meio para reconstrui-los. Primeiro eles roubaram, depois queimaram os prédios. Caixas eletrônicos foram saqueados, prisões foram incendiadas e muitos prisioneiros conseguiram escapar”, afirma Abraham.
O toque de recolher atualmente permite uma pequena janela de circulação de pessoas, entre meio dia e duas horas da tarde, para compra de bens essenciais apenas. Os moradores não podem sair de suas casas em qualquer outro horário ou por outro motivo. Ore pelo fim da crise em Bangladesh e pelos cristãos que vivem no 26º país da Lista Mundial da Perseguição 2024.
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