Portas Abertas • 28 dez 2022
Nos últimos quatro anos, 26 igrejas foram fechadas arbitrariamente na Argélia
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sediou uma audiência no dia 11 de novembro para avaliar denúncias sobre a Argélia. Diversos alertas foram enviados sobre as violações que o país tem praticado. Uma coalizão formada pelas organizações Aliança Evangélica Mundial, The World Council of Churchs, Middle East Concern e igrejas locais na Argélia organizou a pesquisa e o relatório enviados.
No documento, a coalizão demonstrou como a liberdade religiosa está se deteriorando no país: “As autoridades fazem propaganda sistemática contra os cristãos e as igrejas locais”. A Argélia subiu duas posições na Lista Mundial da Perseguição 2022 por causa da crescente pressão à igreja, segundo pesquisadores da Portas Abertas.
Desde janeiro de 2018, ao menos 26 igrejas foram fechadas. Outras 16 estão na fila de espera para serem registradas oficialmente desde que a lei em 2006 passou a obrigar igrejas não muçulmanas a terem um registro oficial. Uma comissão nacional foi organizada para fazer os registros das igrejas, mas nunca funcionou de fato e até agora não emitiu a licença de igreja alguma.
No começo deste ano, o governo também processou um pastor e o pai dele e interditou uma igreja de 90 membros na vila de Ait Atteli. Em abril, a Igreja de Aouchiche, na cidade de Bejaia recebeu a ordem do governador para interromper as atividades eclesiásticas.
Pouco depois, 11 cristãos argelinos receberam a sentença de prisão de seis meses ou pagamento de uma multa de aproximadamente 690 dólares por “adoração não muçulmana proibida” no Centro-Norte do país.
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