Portas Abertas • 28 mar 2004
Kim é do Estado de Manipur, noroeste da Índia. Ela estava ativamente envolvida com a igreja. Durante dez anos, ela limpou alegremente as dependências da igreja e tocou o sino voluntariamente. O tempo todo, Kim pensou que esses atos de serviço fossem suficientes. Ela não se dava conta de que precisava buscar pessoalmente o Senhor e reconhecê-Lo como Salvador e Senhor. Ela pensava que suas boas obras eram suficientes para garantir-lhe a salvação.
Só quando ouviu um sermão sobre Judas Iscariotes foi que chegou ao ponto decisivo em sua vida. Ela aprendeu que Judas Iscariotes estivera com Jesus durante três anos e, contudo, O traiu. Kim raciocinou que, apesar de ter feito boas obras, o Senhor não estava realmente com ela. Ela viu então a necessidade de um relacionamento pessoal com Jesus. Kim orou e humilhou-se perante Cristo e O recebeu como Salvador e Senhor. Ela começou a acompanhar os pregadores que iam de um lugar para outro para pregar as Boas Novas. Logo ela estava servindo ao Senhor em tempo integral. Com a idade de 21 anos, Kim foi eleita presidente do grupo de mulheres. Depois, ela sentiu a necessidade de preparar-se e aprender mais a respeito da Bíblia. Então entrou para o Colégio Bíblico Lachanpur, em Manipur.
O seu chamado para ser missionária veio a ela durante o serviço fúnebre de um amigo pastor. Em meio a três mil pranteadores, ela ouviu o chamado do Senhor para que fosse para o campo missionário. No dia seguinte, ela escreveu uma carta à diretoria da missão, perguntando se eles poderiam mandá-la para o campo imediatamente. Um pastor da diretoria sugeriu que ela pensasse na Missão Evangélica Indiana (MEI). Lá, estavam trabalhando algumas mulheres solteiras e Kim poderia trabalhar com elas. Kim foi à Bangalore para ser entrevistada. Foi solicitado que um pastor de Manipur servisse como seu tradutor porque ela não falava inglês nem hindi. Depois da entrevista, ela foi selecionada e mandada para Gujarat. Isso foi em 1984.
Desde então, Kim tem servido fielmente a Deus em Gujarat, um lugar considerado o Estado mais intolerante às comunidades religiosas da Índia. Inicialmente, Kim encontrou dificuldade para se ajustar. As diferenças culturais eram enormes, mas Deus a capacitou a adaptar-se à nova cultura e ao novo ambiente. Ela, junto com um colaborador, serviu aos moradores dando-lhes remédios e cuidados médicos. Através de seus serviços, ela conquistou o coração das pessoas e gradualmente começou a falar do Evangelho.
Logo os moradores a chamaram de médica da cidade. Devido Kim falar regularmente do Evangelho aos moradores, os fundamentalistas da área começaram a persegui-la. Para atormentá-la, começaram a fazer suas necessidades fisiológicas bem na frente de sua casa. Logo toda a área fora da casa começou a cheirar tão mal que Kim encontrava dificuldade até para sair de casa. Contudo, Deus tinha um plano para aquela sujeira fedorenta.
Num domingo em que ela estava num culto na igreja, um jipe lotado de pessoas foi à sua casa para atacá-la. Mas devido ao cheiro imundo e àquela sujeira ao redor de sua casa eles voltaram sem dizer sequer uma palavra. O mau cheiro e a visão horrível tornaram-se uma bênção disfarçada para ela. Mais tarde, quando houve oposição das pessoas, os moradores ficaram a favor de Kim. Apesar dos acontecimentos e dificuldades, Kim continua servindo a Deus em Gujarat.
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