Portas Abertas • 18 mai 2024
Em vez de acolher a jovem atacada, a comunidade a desprezou em Bangladesh (foto representativa)
Em Bangladesh, circular sozinha pode ser uma atividade perigosa para as mulheres. Muitos homens usam a violência para amedrontar e punir mulheres que não seguem suas expectativas sociais. Aquelas que seguem a Jesus são duplamente vulneráveis, por serem mulheres e por serem cristãs em países que não aceitam a fé em Jesus.
Hoje, no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, ore por Tara (pseudônimo), uma jovem cristã atacada em Bangladesh. Ela foi vítima de uma tentativa de abuso quando estava a caminho do trabalho. Apesar de conseguir fugir do agressor, a família da jovem ficou muito indignada e a comunidade passou a desprezá-la.
O ataque aconteceu de manhã, no caminho que Tara faz há anos para chegar ao trabalho e que é conhecido como uma rota segura e movimentada. A jovem de 25 anos foi surpreendida por dois rapazes, que a agarraram e a levaram para um beco. Ali, tentaram arrancar as roupas da cristã, mas como ela resistia, eles foram ainda mais agressivos.
“Comecei a gritar com todas as minhas forças e algumas pessoas me ouviram e vieram ajudar”, disse Tara. O plano dos rapazes foi impedido e eles fugiram ao sinal da primeira pessoa que veio ajudar a jovem. Tara foi resgatada, mas ficou com feridas das agressões físicas dos rapazes.
Apesar de ser uma vítima, vizinhos do vilarejo onde Tara vive começaram a desprezá-la e zombaram da jovem, ao invés de serem solidários. Até os amigos a abandonaram. “Nunca imaginei que as pessoas me culpariam pelo que aconteceu comigo”, conta a jovem cristã. Tara nunca se sentiu tão sozinha.
Como muitas vítimas de abusos, Tara começou a se culpar e se envergonhar pelo que fizeram com ela. Ela está escondida na casa de parentes do pai. “Ela está completamente deprimida, frustrada e sem esperança”, contou o pai da jovem, que é um parceiro local do projeto de alfabetização da Portas Abertas.
“Não sabemos o que fazer. Estamos dando apoio mental e a encorajamos a enfrentar a situação, mas ela não quer sair de casa e ver as pessoas. Não conseguimos ajudá-la sem a ajuda de Deus, por isso oramos muito”, ele acrescenta.
O incidente foi imediatamente reportado à polícia local, que está investigando, mas não tem suspeitos até agora. “É muito difícil para nós voltarmos para casa e viver uma vida normal de novo. Não sei o que acontecerá no futuro da minha filha”, conclui o pai.
Parceiros locais da Portas Abertas estão em contato constante com a família e oferecem apoio espiritual e emocional por meio de ligações telefônicas. Como está escondida, nossos parceiros não conseguem visitá-la. Por favor, ore por Tara e sua família.
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