Portas Abertas • 31 jul 2019
Monges budistas tiram vantagem do sentimento das pessoas para se opor e conter outros grupos religiosos
Um protesto contra uma igreja em Divulapitiya, no Sri Lanka, foi organizado por monges budistas e moradores locais. Os monges protestavam e exigiam que o centro de oração da igreja fosse encerrado e fechado. Ao ser entrevistado por um grande canal de notícias para saber por quais razões protestavam contra a igreja, um monge alegou que a igreja convertia pessoas em troca de dinheiro. Os religiosos acusaram a igreja de distribuir dinheiro aos que viessem orar no centro de oração, por isso, o local deveria ser fechado.
Oficiais do governo ficaram do lado dos monges, escolhendo acreditar no que haviam falado contra a igreja. Por esse motivo, os colaboradores da igreja foram repreendidos pelos oficiais. Além disso, uma audiência foi marcada, porém os queixosos não apareceram. Assim, o assunto não teve continuidade.
Esse protesto se tornou manchete. Jornais também declararam que o Conselho Provincial de Biyagama, composto de 10 membros, baniu a instalação de novos lugares de adoração na região. Isso se deu após o incidente do domingo de Páscoa. Monges budistas tiraram vantagem do sentimento das pessoas para se opor e conter outros grupos religiosos. A liberdade religiosa das pessoas é dificultada enquanto a situação política e religiosa do país tem se tornando um campo minado.
De acordo com estatísticas do World Christian Database (WCD), o budismo no país alcança 67,6% da população. Apesar da comunidade internacional ter uma visão de que existe um governo democrático, as restrições legais e governamentais com relação aos cristãos só aumentam. O nacionalismo budista pressiona cada vez mais por meios legais e políticos, o que gera uma perseguição silenciosa aos cristãos. Grupos extremistas são a principal fonte de perseguição. Cristãos ex-budistas estão sujeitos a assédio, discriminação e marginalização por parte da família e da comunidade.
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