Portas Abertas • 14 jul 2019
A vida dessas três mulheres é completamente diferente desde que deixaram o islã e seguiram a Jesus
A cidade síria de Ar-Raqqah se tornou a capital do autoproclamado Estado Islâmico. Mas, mesmo antes de extremistas tomarem a cidade, os habitantes eram, de alguma forma, mais rígidos em suas interpretações do islã do que em cidades como Alepo ou Damasco. Neste ambiente, Lina* e suas filhas Rasha* e Rahfa* cresceram. Elas deixaram a cidade não muito tempo depois do marido de Lina morrer e se estabeleceram em outra área da Síria. Lá, as três encontraram Jesus.
Não há vestidos pretos ou véus cobrindo seus belos cabelos. Elas estão vestidas com roupas modernas. A vida para essas três mulheres é completamente diferente desde que elas deixaram o islã e começaram a seguir a Jesus. Apesar de fortalecidas em sua fé, ainda não se sentem completamente seguras na Síria, por causa da conversão. “Estou preocupada com o que pode acontecer com minhas filhas”, Lina comenta.
Lina foi criada em uma família muçulmana nominal em Ar-Raqqah. Oficialmente seus pais eram muçulmanos, mas não praticavam realmente, nem pensavam como a maioria dos outros muçulmanos. Apenas no final da adolescência Lina começou a procurar por paz em seu coração, já que não achava isso no islã. Ela se comprometeu com um homem que também não levava a fé muçulmana muito a sério. Logo eles se casaram. “Eu conversava muito com meu marido sobre religião. Mas é preciso muita coragem para mudar sua religião em Ar-Raqqah; a cidade é pequena. Todo mundo se conhece, você não pode tomar uma decisão assim lá”, explica.
Quando estava grávida de sua segunda filha, o marido precisou fazer uma cirurgia simples no hospital. “Não era perigosa ou difícil, mas um erro médico custou sua vida. Eu perdi meu marido e minhas filhas perderam o pai”, conta. Isso aconteceu 12 anos atrás, antes de começar a guerra na Síria. (Essa história continua).
*Nomes alterados por segurança.
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