Adoração em meio a escombros

Acristã perseguida Ana*, da Nigéria, teve sua cidade invadida pelo Boko Haram,em que atacaramescolas, delegacias e igrejas. Cerca de 150 igrejas foram destruídas. No momento do ataque, ela estava no hospital onde trabalhava. Após o marido ligar,ela conseguiu ir para casa. Elestentaram fugir de carro,mas foram interceptados por uma emboscada – havia jihadistas disfarçados de soldados do exército.
Então um militante perguntou ao maridodela: “Você é muçulmano ou infiel?”.Ele respondeu: “Nem muçulmano, nem infiel; sou cristão”. Então mandaram que ele se ajoelhasse ao lado da estrada. Ana começou a gritar: “Não matem meu marido!”. Mas o apelo não foi atendido.O marido de Ana foi morto com cinco tiros na cabeça na frente dela. Quando repetiram a pergunta, ela deu a mesma resposta. Um jihadista apontou a arma para ela,masoutro gritou: “Pare!”. Então pegaram todos os objetos de valor do carro e a deixaram ir.
Ela dirigiu por dois quilômetros em estado de choque. Quando recobrou a consciência, não conseguiu maisdirigir e saiu correndo. Ela foi ajudada por algumas pessoas e,após encontrar o filho primogênito, fugiu para as montanhas com um grupo de cristãos. Eles estavam com sede e fome, mas só depois de um tempo conseguiram entrar em contato com uma igreja da capital, que enviou um ônibus para resgatá-los. Somente após três dias ela encontrouos cinco filhos. Eles tiveram que ficar três semanas na capital, até o governo recuperar o controle da cidade.
Uma igreja viva
Mesmo com tudo destruído, eles decidiram ir à igreja adorar ao Senhor. Aigreja estava toda queimada, mas eles louvaram a Deus em pé entre os escombros. Foi quando Deus começou a realizar milagres. Os muçulmanos, anteshostis à comunidade cristã, começaram a ficar com medo, afinal pensaram que todos haviam sido mortos. Ao veremo número de cristãos vivos que retornaram, acharam que se vingariam. “Mas nós nos vingamos com amor. Quando víamos nossos pertences nas mãos de um muçulmano, falávamos: ‘Você gostou? Pode ficar’”, relembra Ana.
Apesar de passarem por muitos problemas, aflições e lutas, Ana afirmou que “em todas essas coisas somos mais que vencedores; não há nada que possa nos vencer”. Para a cristã nigeriana, devemos estar na presença do Senhor em todo o tempo, pois assim, mesmo quando o inimigo vier, ele não nos atingirá. “Isso é o que o meu coração deseja, que todos nós vivamos na presença do Senhor”, expressa a cristã perseguida.
*Nome alterado por segurança.
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A violência contra cristãos cresce a cada ano. Incidentes ocorrem de diversas formas, muitas vezes resultando em cristãos mortos e igrejas e vilas atacadas, como no caso de Ana. A África é o continente em que mais seguidores de Jesus são mortos. Por conta disso, neste ano, o Domingo da Igreja Perseguidaterá como tema “Igreja sob ataque”, com foco na Nigéria e Oeste Africano. Não apenas saiba mais sobre essa situação. Faça algo mais. Entre na história dos nossos irmãos e irmãs africanos e clame em unidade com a igreja brasileira. Cadastre sua igreja.
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