Líderes da Igreja Colombiana enfrentam ameaças de extorsão

Portas Abertas • 22 jun 2004


Após uma pausa nas ameaças realizadas pelos grupos ilegais armados aos pastores evangélicos, os líderes da Igreja em Bogotá estão novamente recebendo "vacina" como exigências de extorsão.

"De acordo com as presentes informações, ameaças de seqüestros são feitas a pastores, das quais são obscuras e exigem dinheiro", afirmou Hector Pardo, presidente da Aliança Evangélica da Colômbia CEDECOL.

Hector recusou revelar quantas exigências foram feitas e quem as fez, fazendo menção às considerações de segurança.

Há vários anos, negociações entre os líderes evangélicos e os representantes dos grupos armados que estão combatendo no conflito civil na Colômbia, garantiram que o Exército de Liberação Nacional (ELN) e a Autodefesa Unida da Colômbia (AUC) não fariam mais ameaças, causariam dano e seqüestrariam pastores ou de líderes de igreja. Hector afirmou que, segundo lhe consta, este acordo permanece em vigor.

Por outro lado, o maior exército subversivo da Colômbia, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), não tem tal acordo com os evangélicos.

"Nós estamos bastante preocupados e estamos tomando medidas de segurança", afirmou Hector a respeito das ameaças. Contudo, ele reconheceu que, essencialmente, as igrejas e pastores podem fazer pouco para "fortalecer-se" contra o ataque, exceto tomar a atitude de "ser prudente e confiar em Deus".

Os grupos ilegais armados da Colômbia freqüentemente utilizam "vacinas" como um "mandado de segurança" contra os empresários, indivíduos opulentos e cidadãos proeminentes. Aqueles que se recusam a pagar correm o risco de serem seqüestrados ou mortos.

No início deste ano, a 34ª Frente da FARC seqüestrou Ahimer Velasquez, um agrônomo cristão da cidade de Caicedo, irmão do pastor de Medellín, pastor e líder da Comunhão da Prisão, Carlos Velasquez. Os seqüestradores o libertaram após 44 dias em cativeiro, sem exigir resgate.

Luis Carlos Herrera, um outro agrônomo seqüestrado com Velásquez, de 56 anos, permanece refém da FARC.

Carlos Velazquez contou a Compass que grupos paramilitares têm atingido os residentes de Caicedo que pagaram as vacinas à FARC, alegando que eles são colaboradores da guerrilha. Seu irmão, Ahimer pode estar na lista, simplesmente, porque líderes paramilitares pressupõem que ele foi liberto em troca de um resgate, afirmou ele.

Ahimer Velasquez permanece com saúde precária após a sua soltura e está tomando medicação para distúrbio nervoso, sob acompanhamento médico.

Carlos Velasquez afirmou que muitos aconselharam Ahimer a fugir da Colômbia, decisão que seu irmão não quer tomar. "Ele está entre a cruz e a espada. Ele quer estar com seu povo", afirmou Carlos Velasquez.

Neste ínterim, a FARC exigiu mais de onze mil dólares para a soltura de Carlos Herrera, que também é um cristão evangélico e trabalha para o ministério da agricultura do estado de Antioquia. Um líder da guerrilha enviou um recado à esposa de Carlos, Maria Genoveva Mazo, que a FARC levaria Carlos a uma região da selva infestada de mosquitos e acidentada, a menos que ela provesse o dinheiro exigido até 16 de junho.

Neste tempo de pressão, a senhora Herrera foi incapaz de conseguir a quantia de dinheiro exigida. A última vez em que ela falou com o seu esposo foi através de um telefone celular da guerrilha, "Ele estava desesperado e afligido", afirmou a senhora Herrera.

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