Pastor é acusado de "forçar conversões"

Portas Abertas • 22 nov 2005


Govind Verma, líder do partido Bharatiya Janata no Estado de Chhattisgarh, procurou o pastor Masih Das Rai no mês passado, dizendo que tinha tido um encontro com Deus e que queria tornar-se cristão.

Apenas seis meses atrás, Govind Verma havia ameaçado prejudicar o religioso cristão se ele continuasse seu trabalho pastoral na cidade de Palari, distrito de Raipur. Todavia, o pastor Masih Das providenciou para que Govind participasse de uma cerimônia de batismo no dia 10 de novembro, junto de alguns outros moradores do local que tinham aceitado Cristo.

Na manhã do dia do batismo, Govind disse ao grupo que chegaria um pouco mais tarde naquele dia. Fontes descobriram depois que Govind Verma entrou em contato com o Dharma Sena ("Exército Religioso", uma organização de militantes hindus) e reclamou do pastor Masih Das, revelando os detalhes do batismo programado.

Membros do Dharma Sena atacaram o pastor Masih Das e outros 12 cristãos no momento em que eles adoravam durante a cerimônia de batismo. Leela Dhar Chandrakar, líder do Dharma Sena em Chhattisgarh, comandou o ataque. Leela está envolvido em outros ataques contra cristãos.

A multidão agrediu o pastor e seus companheiros e levou-os para a delegacia, onde o pastor foi interrogado antes de ser detido por "forçar conversões", sob o Ato de Liberdade Religiosa, e uma seção do código penal da Índia que proíbe insultos sobre a crença religiosa de outras pessoas.

Os cristãos que estavam na cerimônia disseram que policiais e membros do Dharma Sena os pressionaram a dar declarações contra o pastor, que trabalha para a organização cristã local Milap Mandali.

"A polícia continua sem colaborar", confirmou a Compass o representante da Igreja do Norte da Índia, Arun Pannalal. "Oito dos cristãos foram forçados a dar declarações contra o pastor Masih Das. E quando nós, como uma delegação, fomos visitá-lo na delegacia de Palai, não obtivemos permissão para vê-lo ou falar com ele em particular".

A delegação de Arun Pannalal tentou registrar uma contra-queixa, mas não conseguiu: "A polícia simplesmente não recebeu uma contra-queixa sobre o caso, mesmo tendo o pastor sido agredido fisicamente e ainda apresentar as marcas da agressão no corpo".

Arun Pannalal salientou que os agressores insultaram verbalmente a fé cristã, o que é ilegal sob a seção 295-A do código penal. Quem transgride essa lei pode ser preso por até 3 anos e/ou multado.

Enquanto o pastor Masih Das foi acusado por desrespeitar essa lei, o mesmo não aconteceu com seus agressores.

O pastor, acusado sob o Ato de Liberdade Religiosa de "forçar conversões", pode ser preso por um ano e/ou ser obrigado a pagar uma multa de 5 mil rúpias (109 dólares).

Akhilesh Edgar, diretor da Milap Mandali, também foi indiciado no caso, apesar de ainda não ter sido detido.

Quando o pastor Masih Das compareceu perante a corte distrital nos dias 11 e 12 de novembro, seu pedido de fiança foi rejeitado, uma vez que a polícia ainda não havia finalizado os procedimentos burocráticos.

Um segundo pedido de fiança estava para ser feito no dia 21. Enquanto isso, o pastor Masih Das Rai permanece preso.

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