Polícia investiga ataque a igreja ocorrido durante a Páscoa

Portas Abertas • 10 mai 2006


No dia 5 de maio, a polícia de Punjab assegurou aos membros de uma igreja doméstica do distrito de Bhatinda que iria ajudar a negociar um acordo com os extremistas hindus que atacaram o culto de Páscoa, em 16 de abril último.

Sukh Pal Singh, membro do Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Mundial Hindu), liderou um grupo de cinco pessoas que interromperam o culto na Casa de Oração, uma igreja independente. Os extremistas também advertiram ao pastor da igreja para que ele não realizasse mais cultos.

"Eu solicitei à polícia de Bhatinda que desse atenção ao caso e que garantisse a segurança dos cristãos", disse ao Compass Virender Kumar, chefe de polícia.

O pastor Francis, que usa apenas o primeiro nome, disse que a polícia tem tomado depoimentos de membros de igreja e que faz o mesmo com o acusado. "Com base nessas declarações a polícia irá promover um encontro de conciliação entre nós e o acusado".

Vandalismo e insultos

Francis se recorda do ataque: "Pelo menos cinco pessoas armadas com varas interromperam o culto de Páscoa, que acontecia no terraço da minha casa, por volta das 11 horas da manhã", ele conta. "Inicialmente eles pararam do lado de fora e avisaram aos cristãos que estavam chegando para o culto para não entrar na casa. Depois eles vieram para o terraço e começaram a gritar, exigindo que interrompêssemos a oração imediatamente."

Um dos extremistas mandou que os outros destruíssem a lona que havia sido colocada sobre o terraço para que o culto não fosse realizado sob o sol. Enquanto isso, outros insultavam as mulheres.

Os homens também gritaram palavras de ordem anticristãs, dizendo que Cristo era um filho ilegítimo e acusando os membros da igreja de oferecer dinheiro aos hindus para convertê-los.

Os cristãos participantes do culto imediatamente ligaram para a polícia, que chegou rapidamente.

Cerca de 200 membros da igreja estavam presentes; alguns tinham ido embora depois de ter visto os extremistas.

"Assim que a polícia chegou, os extremistas começaram a fugir. Entretanto, a polícia conseguiu capturar três deles", contou Francis. Os três foram identificados como Yogesh Batish, um líder do grupo extremista hindu Shiv Sena; Vivek, também conhecido como Appu, outro membro Shiv Sena; e um homem conhecido apenas como Suraj.

Culto retomado

Posteriormente, membros da igreja souberam que outros 35 extremistas iriam se juntar ao ataque, mas fugiram quando a polícia chegou.

Enquanto fugiam, eles avisaram a Francis para não realizar a reunião de oração no domingo seguinte.

Francis retomou o culto depois da interrupção, e foi à delegacia às 3 horas da tarde para registrar uma queixa. Desde então, as reuniões têm sido realizadas com a proteção da polícia.

Sukh Singh tem fama de atacar encontros cristãos. "Ele atacou uma convenção cristã realizada ao ar livre na vila de Naiya Wala, em Bathinda, há cerca de um mês", afirmou um cristão local que pediu anonimato. "Ele também interrompeu outra convenção há um ano e meio".

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